Postado por - Newton Duarte

Penalty, mal chegou... Reclamações e acusação de favorecimento

Venda de uniforme do Bahia gera reclamação e acusação de favorecimento à Casa do Tricolor

Foto: Nova camisa de goleiro | Max Haack / Bahia Notícias

Na segunda-feira (1º), dia seguinte ao jogo de estreia do novo padrão já produzido pela Penalty, apenas uma das três lojas credenciadas ao Esporte Clube Bahia comercializava a nova camisa do time: Casa Tricolor. Uma delass, inclusive, foram pegas de surpresa, assim como os torcedores, quando viram pela televisão os atletas entrando em campo na Arena Fonte Nova, contra o Grêmio, utilizando o novo uniforme produzido pela empresa que irá fornecer o material esportivo do tricolor baiano nos próximos quatro anos. Sarita Bastos, dona da loja BBMP (Vilas do Atlântico), confirmou em entrevista ao Bahia Notícias que, ao saber da produção da nova linha de materiais do clube, solicitou à empresa a entrega do estoque. No entanto, apesar do pedido com antecedência, a nova linha não ficou disponível na loja desde o início da semana. "Estava ciente, sim, que o time lançaria a camisa do jogo. Mas, quanto apenas uma loja vender no dia seguinte, fiquei surpresa. Fiz meu pedido como todos os outros e ainda não recebi". Outra credenciada ao clube é a Bora Bahêa Store, localizada no Salvador Shopping.

Vitor Lima, um dos sócios, também já havia realizado o pedido junto a Penalty para entrega dos novos uniformes há trinta dias, o que não aconteceu em tempo hábil para venda no dia seguinte ao lançamento, já que o planejamento era iniciar a comercialização somente nesta quinta-feira (4), de acordo com ele. "Fui totalmente surpreendido. Não sabia do lançamento até o Bahia entrar em campo no domingo e, no próprio dia, já anunciaram a venda das novas camisas. Depois disso que fomos correr atrás, entrar em contato com a Pênalty e depois começar a vender. Enquanto isso já tinha gente vendendo", bradou.

Lênin Franco, diretor de negócios do Bahia, negou que o clube tenha qualquer responsabilidade pela demora na entrega dos produtos e também descartou qualquer favorecimento à Casa Tricolor (CT), já que Jefferson Nagata, proprietário das 15 unidades da CT, é um colaborador assíduo do clube. O empresário, inclusive, apesar não ter status de funcionário e remuneração fixa, participa ativamente de ações ligadas ao marketing do clube como voluntário. "Eu não posso me meter na questão do tempo da transportadora. Todas estavam informadas, e sei que as três lojas solicitaram os padrões. Mas, ao saber que algumas não estavam vendendo, busquei entender o que aconteceu junto a Penalty o motivo", disse.

Jefferson Nagata, dono da Casa Tricolor, rede de lojas credenciada ao Esporte Clube Bahia há sete anos, rebateu qualquer acusação de favorecimento. Ele, inclusive, relevou que o ano de 2014, apesar da proximidade com os responsáveis pelo marketing tricolor, foi pior em número de vendas. Motivo? Proximidade do fim de contrato com a Nike e a falta de material nas lojas físicas. "Esse ano para todos foi muito complicado. Para você ter ideia, por exemplo, ficamos um longo período sem receber uniformes da Netshoes, cerca de seis meses, e isso nos prejudicou muito.S em falar no preço baixo que eles colocavam no site, enquanto nós estávamos obrigados a vender com um preço elevado se comparado às vendas online", disse. Sobre às críticas, quanto à venda antecipada de camisas da Penalty, o empresário evitou entrar em polêmica. "Eu, pelo que conheço do sistema, acredito que a grande quantidade solicitada por mim facilitou minha vida. Pedi uma imensa quantidade de peças que foi capaz de fechar um caminhão, para você ter ideia. Então, quando sai da transportadora, tem prioridade quanto aos outros, é o que eu acho", finalizou.