'Vou falar após o fim da Série B', diz volante Pittoni
Contrato de Pittoni acaba no fim do ano. Na próxima semana, ele volta ao Paraguai - Felipe Oliveira
O paraguaio Wilson Pittoni, de 30 anos, aguarda o fim da Série B para falar sobre sua temporada no Bahia. Para muitos tricolores, o paraguaio foi injustiçado ao ficar no banco de reservas em boa parte da competição.
"Vou falar após o fim do campeonato", disse o volante, por telefone, antes de afirmar que não guarda mágoa do clube: "Chateado, chateado, não, mas tenho que falar algumas coisas".
Em 19 de setembro deste ano, a Fonte Nova foi palco da partida mais simbólica quando o assunto é a relação do Bahia com Pittoni. O adversário era o Sampaio Corrêa, que dominou as ações do jogo e criou as melhores chances de gol. O Esquadrão foi mal e saiu no lucro com o empate por 1 a 1.
Durante a partida, a torcida demonstrava o quão estava impaciente com o então técnico Sérgio Soares, que ouvia em alto e bom som os gritos da arquibancada. "Ah, ah, ah, o Pittoni é titular".
O paraguaio, um dos destaques do tricolor no primeiro semestre, amargava mais uma vez o banco de reservas e sequer entrou em campo. Aquela seria uma situação comum até o fim da temporada, que termina neste sábado, com a permanência do Bahia na Segundona.
Depois do duelo com o Sampaio, Pittoni só atuou no empate por 2 a 2 com o Luverdense. Ao todo, o primeiro volante disputou 17 partidas das 38 do Bahia na competição, destacando-se nos desarmes (quarto melhor do time) e na criação (um gol e duas assistências).
O Bahia garante que a saída do atleta da equipe foi decisão da comissão técnica. Já Régis Marques, empresário de Pittoni, conta que o motivo foi o desacerto na renovação do jogador com o clube.
"Não nasci ontem. Me chama pra renovar, não renova e automaticamente ele vira reserva? É no mínimo uma incoerência. Ou foi um pedido da diretoria para que ele não jogasse mais ou eles não entendem nada de futebol, pois chamam pra renovar e depois ele não joga mais", explicou Régis Marques.
