Postado por - Heitor Montes

Porque Régis e Vinícius não atuam juntos, mesmo após bom jogo contra o Blooming

Nesta quarta-feira (23), na partida contra o Blooming, o técnico Guto Ferreira precisou substituir Élber no intervalo por conta de uma pancada na costela. Régis foi o escolhido para entrar no seu lugar. Após a mudança, o Bahia, que vencia por 1 a 0, marcou mais três vezes e conseguiu uma goleada por 4 a 0, se classificando à fase seguinte da Copa Sul-Americana.

Porém, mesmo com a boa atuação, Régis dificilmente será titular neste domingo (27), contra o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro. Se Élber tiver condições de jogo, ele deve iniciar a partida. Sem Edigar Junio, lesionado, o quarteto ofensivo tricolor deve ser mantido com Vinícius, Élber, Zé Rafael e Junior Brumado.

O site Globo Esporte resolveu então responder a pergunta: por que Régis, principal jogador na conquista da Copa do Nordeste de 2017, não está no time titular?

Porque Guto Ferreira acredita que ele e Vinícius não podem jogar juntos.

O treinador tricolor acredita que Régis e Vinícius disputam a mesma posição, como meia central no esquema 4-2-3-1. Vinícius leva vantagem por ter estado em melhor fase desde o início da temporada.

Para os dois atuarem juntos, um deles precisaria cair por um dos lados do campo. Vinícius não consegue desempenhar esta função por não dar a profundidade necessária no ataque, não ser capaz de quebrar linhas com drible e velocidade e também não ser capaz de fazer a recomposição de maneira adequada. O jogador funciona melhor como um meia nos sistemas 4-2-3-1 e 4-1-4-1, com a responsabilidade de construir o jogo, principalmente vindo de trás.

Régis em campo pelo Bahia contra o Blooming (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia) Vinícius em campo pelo Bahia na Arena Fonte Nova (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)

Já para Régis, mesmo tendo velocidade e o drible para ajudar no momento ofensivo, o problema de jogar nas pontas é a sua deficiência na marcação. O meia recompõe mal e não cumpre bem as funções defensivas que o sistema necessita. Para se ter uma noção da importância defensiva dos pontos do Bahia, é só ver como Zé Rafael se destaca como ladrão de bolas.

Régis em campo pelo Bahia contra o Blooming (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)Régis em campo pelo Bahia contra o Blooming (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)

Após a primeira partida das quartas de final da Copa do Nordeste contra o Botafogo-PB, o técnico Guto Ferreira falou sobre o assunto e explicou porque preferiu escalar Élber no lugar de Zé Rafael, que não pôde jogar:

Primeiro que Élber é um jogador do plantel, de velocidade, de força. Não começou tão bem o jogo, mas foi crescendo. Acredito que acabou o jogo em um bom momento, inclusive fazendo jogadas importantes no segundo tempo. Mais do que nunca, no calendário que é, temos que ter jogadores, recuperar jogadores, oportunizar para que possam recuperar. Fora isso, é um jogador que tem característica de extremo, de profundidade, parecido com o Zé Rafael. Mais do que o Régis, porque ele marca e repõe. O Régis é um pouco relapso defensivamente

Régis e Vinícius só atuam juntos em situações específicas. No final de um jogo contra um adversário desgastado, como contra o Botafogo-PB, ou contra um time mais frágil, como na partida contra o Blooming.