Sant’Ana confirma sondagens por Bruno Paulista e proposta por Pará
Presidente tricolor diz que negociação com Wellington Paulista é difícil e elogia desempenho das jovens promessas no amistoso contra o Shakhtar Donetsk
O bom rendimento de alguns jovens valores formados pelo Bahia começam a chamar a atenção do mercado. O volante Bruno Paulista é um dos atletas que se tornaram alvo de sondagens nas últimas semanas. De acordo com o presidente tricolor, Marcelo Sant’Ana, o clube foi procurado para dar informações sobre o jogador. No entanto, nenhuma proposta oficial chegou ao Fazendão.
- O Bruno tem sido procurado desde o final do ano passado. Proposta formal, não. Sondagem do Brasil e do exterior. Mas sondagem muitas vezes não se sabe a veracidade. Às vezes é um especulador, alguém se passando por empresário. Proposta oficial o Bahia não tem – disse o dirigente.
O Bahia não recebeu proposta por Bruno Paulista, mas o mesmo não se pode dizer do lateral Pará. O jogador despertou o interesse do Cruzeiro e pode ser negociado. O Tricolor tem interesse no volante celeste Souza, o que poderia facilitar um acordo.
- O Pará tem negociação sim – limitou-se a dizer Sant’Ana.
Enquanto uns podem sair, outros dificilmente devem chegar. O atacante Wellington Paulista, que foi oferecido ao Bahia, está perto de um acordo com o Coritiba e dificilmente atuará com a camisa tricolor em 2015. Marcelo Sant’Ana diz que a negociação ainda não está descartada, mas que é de alto grau e dificuldade pelos valores envolvidos.
- Descartado é uma palavra forte. Depende mais do jogador do que dos clubes. Ele tem contrato com o Internacional e quem tem o controle da negociação é o atleta... O Bahia pagar o salário do Wellington Paulista é inviável. O torcedor precisa entender que o Bahia é um clube em sérios problemas financeiros. Não podemos ser irresponsáveis para satisfazer caprichos ou ser populistas de trazer atletas de nome no mercado para blindar algum tipo de situação. Isso não é minha postura, não é a postura que o Bahia precisa para voltar a crescer. Se a gente contratar algum jogador para essa posição, vai ser alguém que se encaixa no nosso perfil, na nossa metodologia de trabalho. Que venha para ajudar o Bahia ao invés de se beneficiar individualmente – declarou.
Com o mercado complicado na busca por um centroavante, o Bahia pode se voltar para dentro do próprio clube. Zé Roberto marcou dois gols no amistoso contra o Shakhtar e aparece como opção para a comissão técnica comandada por Sérgio Soares.
- Existe procura do Bahia de qualificar o elenco. A gente entende que o ataque talvez precise de uma peça. Mas a gente já pode ver que a divisão de base começa a responder. O Zé Roberto fez dois gols. O Rômulo fez um. Isso vai passando mais confiança para a comissão técnica. Muitas vezes os atletas da base ainda não é conhecido no mercado e algumas pessoas têm uma desconfiança. Nossa comissão técnica e nosso departamento de futebol tem acreditado no valor desses jogadores e de repente o rendimento deles dentro de campo pode convencer a diretoria que o Bahia tem a resposta dentro de casa. Que a solução está dentro de casa, e não no mercado – afirmou.
Sobre o amistoso internacional, Sant’Ana elogiou o desempenho do time, mas manteve a cautela. O dirigente lembrou que a partida foi amigável, sem os traços tradicionais a jogos válidos por competições oficiais.
- Primeiro temos que ter responsabilidade. Foi um jogo amistoso, de pré-temporada. Claro que ficamos felizes de ganhar do Shakhtar que é o adversário do Bayern na Liga dos Campeões, bicampeão da Ucrânia, 13 jogadores brasileiros, Bernard que estava na Copa, Luiz Adriano eu é o atual 9 do Dunga, agora é um contexto diferente. Não é partida de competição, não vale título, classificação. Tem que ter essa responsabilidade na análise. O que tiro de positivo é a resposta dos jogadores formados na casa. Dos 22 jogadores utilizados, 14 foram formados no clube. Acredito que isso satisfaz a torcida também. O resultado passa confiança. Ganhar de uma equipe de ponta, de uma das talvez 10 ou 12 maiores da Europa, passa confiança, mas é preciso responsabilidade – finalizou.