Tricolor de Doriva tenta encontrar lateral-direito; Tinga vira opção
Desde Jancarlos em 2010, nenhum dos 17 laterais que passaram pelo Fazendão conseguiram se firmar na posição
A esperança para a lateral direita tricolor já está no Fazendão. Integrado ao elenco, Tinga começou a treinar ontem. Ele participou da atividade física realizada no campo junto com o restante do grupo. O jogador, 22 anos, tinha contrato com o Grêmio até abril, mas rescindiu para reforçar o Esquadrão e pode até jogar a estreia do estadual, domingo, contra a Juazeirense, às 16h, em Pituaçu. O jogo seria disputado no Adauto Moraes, mas devido às más condições do gramado no estádio, precisou mudar de local.
Ainda realizando exames médicos, sem assinar contrato e esperando a regularização, Tinga passou longe da sala de imprensa do Fazendão. Só vai ser oficializado pela diretoria e apresentado aos jornalistas após ter os trâmites contratuais finalizados.
Técnico tenta achar melhor solução para o velho problema da lateral tricolor (Foto: Felipe Oliveira/ECBahia)
Com a camisa do Fortaleza, ele foi eleito o melhor lateral-direito da Copa do Nordeste 2015. Pela equipe cearense, também jogou a Série C do ano passado e, apesar de estar em uma competição pouco visada, foi convocado pela Seleção Brasileira para disputar os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Titular com a camisa verde e amarela, ganhou o bronze.
O currículo ainda é curto, mas Tinga é a aposta tricolor para assumir a camisa 2 na temporada 2016. O contrato de Cicinho, titular no amistoso contra o Santos, sábado passado, se encerra no dia 10 de maio e não será renovado. Ele não se firmou no ano passado e já não é tolerado pela torcida. O jogador foi vaiado ainda no primeiro tempo do jogo contra a equipe paulista, na Fonte Nova, e foi substituído por Hayner no intervalo. “Não estava bem, pediu para sair”, admitiu o técnico Doriva durante coletiva após o amistoso.
Tinga tem a missão de acabar com um jejum que já dura cinco anos. O último lateral-direito que conquistou a confiança da torcida tricolor foi Jancarlos, durante a campanha de acesso à Série A, em 2010. De lá pra cá, fora os improvisos, 17 laterais de origem vestiram a camisa 2 do Bahia.
Todos oscilaram e nenhum conseguiu permanecer na posição por muito tempo: Arílton, Marcos, Boiadeiro, Coelho, Gil Bahia, Neto, Pablo, Angulo, Madson, Roniery, Diego Macêdo, Galhardo, Railan, Tony, Adriano Apodi, Cicinho e Hayner, que é da base e teve poucas oportunidades no final do ano passado.
Ausências
Dois jogadores não participaram do treino. O centroavante Hernane foi liberado pelo clube para resolver um problema de saúde na família. O lateral-direito Hayner estava com torcicolo e foi poupado.