Postado por - Newton Duarte

Procurador aprova STJD por auxiliar a CBF no regulamento de 2015

Paulo Schimitt aprova atuação do STJD ao auxiliar a CBF no regulamento de 2015

Procurador-geral do STJD destaca combate à manipulação de resultados, e sugestões a punições mais severas, e considera 2014 um ano decepcionante para o futebol

O procurador-geral do STJD, Paulo Schimitt, demonstrou otimismo em relação à maneira como o órgão auxiliou a CBF a fazer o Regulamento Geral de Competições para a próxima temporada. Schimitt destacou que, além de punição sobre manipulação de resultados, houve sugestões de mudanças em três artigos:

- Dentre as sugestões aprovadas, está o artigo 56-A sobre a manipulação de resultados. Também fizemos sugestões nos artigos 61 (cumprimento de pena de perda de mando de campo remanescentes), 62 (cumprimento de pena pendente de suspensão por partida), e pedimos manutenção dos artigos 63 e 64 (conceitos de responsabilidade desportiva e perda de mando com portões fechados), além de fazermos observações em diversos outros artigos.

O procurador-geral afirmou que haverá palestras na Escola Nacional de Justiça Desportiva (ENAJD) sobre combate a atos de violência no futebol e ao racismo:

- Esperamos que a Escola possa trazer luz aonde há obscuridade, especulação e desinformação sobe temas e diversos institutos de Justiça Desportiva. Cursos permanentes, Workshops, eventos em geral e publicações especializadas podem contribuir para mudar esse cenário.

Ao fazer um balanço da temporada, Paulo Schimitt mostrou-se decepcionado

- O ano de 2014 foi fora da curva, com um volume inaceitável de infrações e uma demanda crescente de denúncias, recursos, pareceres e demais medidas propostas pela Procuradoria. A violência envolvendo torcedores, com problemas de tumultos, desordens, invasões, agressões enfim vem aumentando exponencialmente. A ruptura com torcidas organizadas é mera retórica dos clubes. Isso sem falar do elevado e preocupante número de casos de jogadas violentas e agressões entre atletas; e ofensas, desrespeito à autoridades e árbitros por parte de dirigentes, técnicos e atletas. Se não houver um choque de tolerância zero com rigor, a sensação que fica é a de que não há resposta adequada e tanto faz se houver ou não punição pelos órgãos disciplinares. Os números mostram essa triste realidade.

O procurador também destacou o que espera para o ano de 2015:

- Repetindo o que disse para 2014, esperamos um 2015 de paz nas arquibancadas e uma preocupação ética, técnica e disciplinar dentro dos gramados.