Postado por - Newton Duarte

Pronto para voltar, volante diz: 'Estou aqui para ajudar, não tenho vaidade'

Após lesão, Bruno Paulista deve voltar ao time contra Ceará

Lesão chegou a deixar Bruno Paulista temeroso - Foto: Eduardo Martins | Ag. A TARDE

Lesão chegou a deixar Bruno Paulista temeroso - Eduardo Martins | Ag. A Tarde

Bruno Paulista cai, chora, mas volta a campo e faz gol. Dias depois, sente dores e perde a titularidade. Quando volta ao time, tem de atuar em outra posição - mas, mesmo assim, faz um gol decisivo.

Tem sido assim, nesse turbilhão de altos e baixos, que o volante de 19 anos tem encarado 2015. Foram muitos contratempos desde o início desta temporada. Problemas pequenos, mas que o atrapalharam no objetivo de se firmar na equipe principal.

Agora, prestes a enfrentar o Ceará, no sábado, às 16h30, Bruno se vê novamente neste ponto. Voltando de lesão que o tirou de três jogos, terá a chance de jogar na vaga de Souza, suspenso: "Não me foi passado nada ainda, tem vários outros concorrendo. Claro que Souza vai fazer falta, mas, se Sérgio me escolher, vou ficar muito feliz", comenta.

A última lesão foi há cerca de 20 dias. Bruno sentiu dores no joelho direito durante um treinamento. Foi diagnosticado com um estiramento em um dos ligamentos. Como consequência, perdeu os duelos contra Luverdense, CRB e Paraná. Diante de Macaé e Bragantino, ele começou no banco.

Bruno conta que agora está tranquilo. Mas, durante o período de recuperação, chegou a temer pelo pior. Ele diz que a lesão foi o maior susto da sua carreira: "Senti uma dor que nunca havia sentido. Fiquei com muito medo. Logo no começo, não dava para saber o que era, só com ressonância. Poderia ser algo muito grave, como infelizmente aconteceu com Railan. Graças a Deus, foi algo mais leve e pude me recuperar logo", desabafa.

Contratempos

As lesões começaram ainda na pré-temporada. O volante caiu sobre o pulso esquerdo durante um treino e ficou fora dos gramados por quase uma semana.

Ao retornar, teve boa sequência como titular e marcou seu primeiro gol como profissional, contra o Jacobina. No mesmo jogo, pouco depois, saiu chorando com uma torção no tornozelo. Perdeu um jogo. Depois, vieram dores na panturrilha que o tiraram de uma partida e dores no joelho que o afastaram de três, todas na reta final do estadual.

"As lesões não chegaram a me atrapalhar muito. O que a gente fica é triste, porque quer jogar sempre, quer participar dos treinos, quer estar no meio do grupo, ainda mais eu, que sou um cara com muitos amigos aqui", lamenta ele. "Graças a Deus nenhuma foi grave".

No treino tático na tarde desta terça-feira, 9, no Fazendão, Bruno foi titular no meio-campo com Pittoni, Tiago Real e Rômulo. No ataque, agora uma dupla, Kieza ganhou a vaga de Léo Gamalho e jogou ao lado de Maxi Biancucchi.

Bruno Paulista: 'Estou aqui para ajudar, não tenho vaidade'

Sua maior sequência no time este ano foi como lateral esquerdo. É um alívio jogar na sua posição, como volante?

Realmente vou ficar muito mais feliz de jogar na minha posição de origem, onde acho que me destaco mais, como volante. Mas também, como eu sempre disse, não estou aqui no Bahia para ser maior que ninguém, estou aqui para ser mais um. Não me considero favorito em posição nenhuma, quero é jogar.

Mas, em suas partidas como titular este ano (foram 16), quase a metade (7) foi como lateral. Isso não atrapalha?

Não atrapalha de forma alguma. Pelo contrário, foi bom. Quando surgiu a necessidade, Sérgio me perguntou se eu poderia jogar assim e respondi que sim, sem problema. Falei que não era a minha função de origem, mas, se ele achava que eu podia ajudar assim, eu iria.  Dei meu melhor, não estava acostumado, mas espero ter ajudado. Agora, Marlon chegou, fez boas partidas, o professor gostou dele, todo mundo gostou. Eu tô aqui para ajudar, não tenho vaidade. Onde Sérgio me colocar vou procurar contribuir.

Mas você se sentiu à vontade jogando na ala ou se sentiu reprovado?

Minha posição acho que todo mundo sabe  que é volante, né? Acho que foi pela minha qualidade, pela minha vontade de ajudar, que ele me colocou lá. Mas acho que fiz um papel bom. Me senti à vontade, sim.

Sérgio já repetiu várias vezes que você é uma das grandes promessas desse time e que conversa muito contigo para que você evolua. O que ele pede a você?

Ele cobra bastante de mim, mas eu gosto. Ele fala que eu tenho que dar graças a Deus pelo meu potencial e que gosta de mim. O que ele mais fala é que, quando jogo de volante, não posso entrar o tempo todo na área, tenho que ir só na hora certa, quando tiver espaço. Ele pede para eu observar bastante o jeito de Souza jogar, o posicionamento dele, porque é um cara mais experiente e que já tem esse tempo de jogo. Sérgio é um excelente professor, tem buscado me ensinar muito para que meu jogo evolua.

Você é um verdadeiro xodó da torcida, tanto por ser uma promessa, como das mulheres que te acham bonito. O que acha disso?

Acho que comigo sempre foi assim, desde a base que eu chamo atenção... Acho que pelo meu estilo de jogo, procuro ser bastante vibrante em campo. Também pelo meu comportamento com a torcida, vibro mesmo com eles, comemoro com eles, peço apoio. Gosto muito da torcida do Bahia, ela é fora do comum, acima da média mesmo. Quero dar alegria a eles, gosto de ver todos sorrindo, comemorando. Esse negócio com as mulheres eu deixo para lá, prefiro não saber, até porque minha mulher já é muito ciumenta (risos).