Torcida do Bahia esquece 'público zero' e time se desculpa
Público zero? No último domingo, 7, pelo menos, não. Os mais de 20 mil tricolores que comparecem à Fonte Nova mostraram que o lado passional de um torcedor geralmente fala mais alto. Até as torcidas organizadas estiveram em bom número no estádio.
E a galera incentivou o tempo todo. Até com o placar já em 2 a 0, coros em massa de "Bahêêêêaa..." ecoavam na Fonte Nova. A situação gerou consciência pesada nos jogadores, que lamentaram a má atuação, pediram desculpas à torcida e clamavam para que a campanha 'Público Zero' não voltasse.
"Primeiramente, temos que valorizar o comportamento da torcida. O que vimos hoje (domingo) foi lindo. Foi uma motivação extra para o jogo. Tivemos durante todos os 90 minutos um calor forte da torcida. E pedimos que ela continue assim. O Bahia está passando por um processo de reerguimento, que passa, em muito, pela participação dos torcedores", declarou o zagueiro Titi.
O volante e capitão Fahel foi no mesmo tom, além, de aproveitar para fazer um mea-culpa. "A torcida foi extraordinária, encheu o estádio e nos apoiou todo o tempo. Peço que continue assim. Porém, todos nós reconhecemos que ela merecia uma atuação melhor. Nossa derrota não tem explicação", disse.
Culpa é de todos - O discurso de Fahel foi essencial para proteger aqueles que poderiam ser escolhidos como bode expiatório para a derrota. Os garotos Anderson Talisca e Madson, únicos da base que atuaram como titulares, foram apupados após o jogo.
Titi os protegeu: "Erramos todos. A culpa em nada tem a ver com os dois. Fizemos uma partida aquém do esperado e pedimos desculpa a torcida. Havíamos conseguido trazer ela de volta ao estádio por nossas boas atuações no início do campeonato. E é isso que podemos prometer. Manter o nível dos jogos anteriores para fazer com que os torcedores não se afastem outra vez", afirmou.
O técnico Cristóvão Borges, no fim, resumiu a atuação. "O Corinthians é muito qualificado, é campeão do mundo. Estamos buscando o melhor nível e, neste sentido, vejo sempre o Bahia crescendo. Claro que contra uma equipe do nível do nosso adversário de hoje (domingo), não podemos facilitar, pois aí a gente paga caro. E foi o que aconteceu", disse o treinador.
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Fonte: Ricardo Palmeira – A Tarde
Foto: Eduardo Martins - Ag. A Tarde