Com Cruzeiro em festa, Bahia não sabe o que esperar domingo
Além das faixas, o jogo contra o Cruzeiro terá a grande atenção da mídia por causa da polêmica criada após o episódio entre o meia cruzeirense Júlio Baptista
Mesmo defendendo o Bahia, as raízes do volante Rafael Miranda têm cor: preto e branco. Foram quase 16 anos de Atlético-MG entre base e profissional, que, naturalmente, criaram laços fortes entre o mineiro de 29 anos e o Galo. Assim, também é natural que jogar contra o Cruzeiro, rival do Esquadrão domingo, às 16h, em Belo Horizonte, é algo que ele já fez diversas vezes. E a rivalidade segue nas veias de Rafael. “É uma data especial pra eles. E se pudermos estragar e botar água no chope, vai ser legal”, revela.
“Pra mim, primeiro porque o Bahia tem um objetivo principal que é fugir do rebaixamento, e segundo por ser um time sempre foi o meu rival lá”. Entretanto, o volante sabe que a missão é complicada. No domingo, a Raposa receberá as faixas de campeão brasileiro de 2013 e fará a festa com sua torcida. Depois do jogo, haverá dois trios-elétricos e 100 mil latas de cerveja para os cruzeirenses. Assim, a torcida espera um grande jogo por parte do time mineiro.
“O Cruzeiro está num momento que vai ser uma incógnita. A gente não sabe como eles vão vir”, admite Rafael. “Apesar de estar numa festa diante da sua torcida e numa entrega de faixas, eu acho que, principalmente no início, eles vão querer mostrar futebol. Talvez, se a gente aguentar bem esse início, nossa chance de ganhar aumenta”, acredita o volante, que atuou como lateral- direito pela primeira vez na carreira no triunfo contra a Portuguesa por 1x0, domingo.
POLÊMICA Além das faixas, o jogo contra o Cruzeiro terá a grande atenção da mídia por causa da polêmica criada após o episódio entre o meia cruzeirense Júlio Baptista e o zagueiro vascaíno Cris, no último sábado, quando câmeras flagraram o meia dizendo “Faz logo outro, p...” ao rival. O caso suscitou uma facilitação por parte do Cruzeiro ao Vasco. “Não sei se isso vai fazer com que o Cruzeiro se dedique mais ao jogo ou não. Mas é um episódio complicado que dentro de campo, pra nós, não vai interferir na vontade de ganhar ou não. Nós temos que fazer nossa parte”, diz Rafael.
Ele revela ter brincado com o zagueiro Réver, do Atlético-MG, no empate do Bahia com o time mineiro por 0x0, no último dia 9. “Falei: ‘Pô, vocês estão tranquilos, tão correndo mais do que se fosse uma final’ Achei que ele ia dar uma esfriada e ele me deu um carrinho e tomou o cartão amarelo. Piorou eu ter brincado com ele (risos)”, conta. O jogo também marca um reencontro entre Rafael e Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro, que foi treinador dele na base do Galo. “Aprendi muitas coisas com ele”, lembra.
Cristóvão Borges volta a fechar treino no Fazendão
Em time que está ganhando não se mexe. É seguindo essa linha de pensamento que o técnico Cristóvão Borges voltou a adotar a tática de fechar o treinamento desta quinta-feira (28) à tarde, no Fazendão, a exemplo do que aconteceu na semana de preparação para enfrentar a Portuguesa, semana passada.
Desta vez, o objetivo do comandante tricolor é dificultar a vida de Marcelo Oliveira, treinador do Cruzeiro e adversário na penúltima rodada do Brasileirão, As duas equipes se enfrentam no próximo domingo (01), às 16h (de Salvador), no Mineirão.
A exemplo do jogo contra a Portuguesa, quando cogitou armar um esquema com três zagueiros, Cristóvão pretende surpreender o campeão, para voltar de Belo Horizonte com os três pontos e acabar de vez com o risco de rebaixamento da equipe.
Fonte: Ivan Marques/Ibahia e Galáticos Online
Foto: Robson Mendes - Correio
