Postado por - Heitor Montes

Quarteto ofensivo do Bahia campeão da Copa do Nordeste ainda não emplacou em 2018

Em 2017, o ponto alto do ano do Bahia foi o título da Copa do Nordeste conquistado em cima do Sport. Esta conquista ratificou a boa fase do quarteto ofensivo do Tricolor, composto pelos meias Allione, Régis e Zé Rafael, e pelo atacante Edigar Junio, autor do gol do título. Porém, em 2018, este quarteto ainda não engrenou e jogam um futebol abaixo do esperado, fazendo parte da má fase do clube no ano.

Atualmente, dos quatro, os únicos titulares da equipe são Zé Rafael, que vem atuando em quase todos os jogos do Bahia no ano, e Edigar Junio, que voltou a atuar pelos lados do campo, ao contrário da sua melhor fase no último ano, quando jogou como centroavante. Com Allione e Régis alternando entre a titularidade e o banco de reservas, os quatro ainda não começaram uma partida juntos.

Em duas partidas, o treinador Guto Ferreira escalou três dos quatro jogadores: contra o Botafogo-PB - Régis, Zé Rafael e Edigar Junio - e contra o Atlântico - Allione, Régis e Zé Rafael.

No ano passado, o quarteto não chegou a emplacar logo de cara. No final do primeiro semestre foi quando os jogadores chegaram ao seu auge, na reta final da Copa do Nordeste, especialmente nas semifinais contra o Vitória e na final contra o Sport. Antes disso, o Tricolor teve problemas, como a eliminação da Copa do Brasil para o Paraná, no início de março, quando apenas Régis e Zé Rafael estiveram em campo.

No ano passado, mesmo antes da melhor fase do time, os jogadores tinham números melhores. Craque da Copa do Nordeste, Régis marcou cinco gols e deu uma assistência nos primeiros 13 jogos do Bahia em 2017. Allione havia marcado um gol e dado duas assistências. Nos primeiros 13 jogos em 2018, Régis marcou um gol e deu duas assistências e Allione está zerado.

No ano passado, Edigar Junio sofreu uma lesão ainda na Flórida Cup e só retornou na 15ª partida do Bahia na temporada, contra o Fortaleza. O mais regular do quarteto, Zé Rafael está em uma temporada melhor que a de 2017. Em campo em 12 das 13 partidas do Bahia neste ano, 11 delas como titular, o meia marcou quatro gols nessa temporada, dois deles de falta.

Existem algumas questões que podem explicar o rendimento abaixo do esperado dos homens de frente

Régis
Após uma novela em relação à sua permanência no Bahia, Régis perdeu o início da pré-temporada. Logo depois, o meia sofreu uma lesão no quadril, ficando de fora por duas semanas. Após ficar na reserva, o jogador foi titular e atuou bem na goleada contra o Jequié, mas se machucou de novo e ficou fora da partida contra o Náutico.

Allione
Após voltar ao Palmeiras e fazer parte da pré-temporada no clube paulista, Allione só retornou ao Bahia no meio de janeiro, tendo sido o último dos quatro a iniciar os treinos no clube. Porém, comparando as primeiras 13 partidas de cada ano, Allione atuou mais em 2018 que no ano anterior (8 x 4)

Edigar Junio
O treinador Guto Ferreira falou que o jogador vem atuando com uma limitação por conta de uma lesão sofrida no ano passado. O médico do Bahia, Luiz Sapucaia, falou em uma entrevista coletiva que o atacante não sente dores, mas a sequência de partidas pode provocar uma sobrecarga.