Postado por - Newton Duarte

Que medo, digo eu!

Que medo, digo eu!

IMG_2868.JPG

Em conversa numa rede social com o Professor Miranda - @ProfMirandaMsc  - falamos sobre as eleições no Esporte clube Bahia e todo o quanto aconteceu, ou deixou de acontecer após o pleito.

Sem muitas alegorias, mostramo-nos publicamente com certa irritação sobre a mediocridade de uns, e a busca incessante de outros por seus intere$$es subreptícios.

Vivemos, pois, entre bajuladores ignorantes, e espertalhões sangue$$ugas de um clube em franca decadência técnica, financeira e moral.

Para minha surpresa, deparo-me com este texto de Juca Kfouri, que parece ter sido escrito para enfeitar a conversa que tivemos.

Obviamente que com muito brilhantismo ele adjetivou o que vivemos, e o que nos espera.

Basta, sem muita força, fazer um comparativo com as ações dos detentores do poder no Esquadrão, ver em que pontos há ‘coincidências’

Não acredito em coincidências!

A ideologia é a mesma!

Chega de assistir a pessoas que agem: “Eu sou o maior apoiador do mundo” e um segundo depois: “Só eu sou oposição porque sabia de tudo sempre!”

Confira abaixo a íntegra do texto de Juca Kfouri:

Que medo!

IMG_2867.JPG

No excelente filme italiano “Viva a Liberdade!“, comentado aqui, com atraso, dias atrás, o protagonista gêmeo que toma o lugar do irmão na campanha eleitoral, resume a um jornalista o drama dos políticos em busca de manter o poder em suas relações com o eleitorado:

“Se os políticos são medíocres, é porque os eleitores são também medíocres. Se são ladrões, é porque seus eleitores são também ladrões. Há sempre um momento na vida de um poderoso onde ele pode ser crucificado. O medo é a música da democracia!”.

Uma verdade nua, crua e dura, mas uma verdade verdadeira.

A escolha do ministério brasileiro neste momento a demonstra com clareza.

A presidenta trata de garantir maioria no Congresso Nacional, com medo de um eventual impeachment por causa do escândalo da Petrobras.

De certa forma reproduz o erro que levou ao mensalão, quando líderes do PT imaginaram que seriam mais espertos que a esperteza dos que há 500 anos mandam no Brasil.

Mesmo pagando um preço alto, Roberto Jefferson mostrou a José Dirceu & Cia quem faz as regras do prostíbulo.

Se amanhã houver uma onda que tome as ruas pelo impeachment, a base aliada deixará a presidenta sozinha, sem dó nem piedade.

E quem a elegeu, tamanha a decepção, pouco poderá fazer.

Quando a governabilidade vira mera busca de conciliar o inconciliável, o desastre é quase inevitável.

Como ensinou o filósofo Vanderlei Luxemburgo, “o medo de perder tira a vontade de ganhar”.

Ou, “muitos, por medo, não hesitam em beneficiar aqueles que os odeiam”, escreveu o escritor Esopo na Grécia Antiga.

IMG_2868.JPG