Que medo, digo eu!
Em conversa numa rede social com o Professor Miranda - @ProfMirandaMsc - falamos sobre as eleições no Esporte clube Bahia e todo o quanto aconteceu, ou deixou de acontecer após o pleito.
Sem muitas alegorias, mostramo-nos publicamente com certa irritação sobre a mediocridade de uns, e a busca incessante de outros por seus intere$$es subreptícios.
Vivemos, pois, entre bajuladores ignorantes, e espertalhões sangue$$ugas de um clube em franca decadência técnica, financeira e moral.
Para minha surpresa, deparo-me com este texto de Juca Kfouri, que parece ter sido escrito para enfeitar a conversa que tivemos.
Obviamente que com muito brilhantismo ele adjetivou o que vivemos, e o que nos espera.
Basta, sem muita força, fazer um comparativo com as ações dos detentores do poder no Esquadrão, ver em que pontos há ‘coincidências’
Não acredito em coincidências!
A ideologia é a mesma!
Chega de assistir a pessoas que agem: “Eu sou o maior apoiador do mundo” e um segundo depois: “Só eu sou oposição porque sabia de tudo sempre!”
Confira abaixo a íntegra do texto de Juca Kfouri:
Que medo!
No excelente filme italiano “Viva a Liberdade!“, comentado aqui, com atraso, dias atrás, o protagonista gêmeo que toma o lugar do irmão na campanha eleitoral, resume a um jornalista o drama dos políticos em busca de manter o poder em suas relações com o eleitorado:
“Se os políticos são medíocres, é porque os eleitores são também medíocres. Se são ladrões, é porque seus eleitores são também ladrões. Há sempre um momento na vida de um poderoso onde ele pode ser crucificado. O medo é a música da democracia!”.
Uma verdade nua, crua e dura, mas uma verdade verdadeira.
A escolha do ministério brasileiro neste momento a demonstra com clareza.
A presidenta trata de garantir maioria no Congresso Nacional, com medo de um eventual impeachment por causa do escândalo da Petrobras.
De certa forma reproduz o erro que levou ao mensalão, quando líderes do PT imaginaram que seriam mais espertos que a esperteza dos que há 500 anos mandam no Brasil.
Mesmo pagando um preço alto, Roberto Jefferson mostrou a José Dirceu & Cia quem faz as regras do prostíbulo.
Se amanhã houver uma onda que tome as ruas pelo impeachment, a base aliada deixará a presidenta sozinha, sem dó nem piedade.
E quem a elegeu, tamanha a decepção, pouco poderá fazer.
Quando a governabilidade vira mera busca de conciliar o inconciliável, o desastre é quase inevitável.
Como ensinou o filósofo Vanderlei Luxemburgo, “o medo de perder tira a vontade de ganhar”.
Ou, “muitos, por medo, não hesitam em beneficiar aqueles que os odeiam”, escreveu o escritor Esopo na Grécia Antiga.