Mesmo com baixo nível do Campeonato, Bahia tem dificuldade de vencer
Depois de descer a ladeira vertiginosamente dentro da competição, vem a pergunta capciosa do título: vai pra onde?
Mesmo sem grandes avaliações de dados, pesquisas e gráficos, está fácil notar que o nível técnico do Brasileiro, em 2014, está muito baixo. Para os times baianos, com orçamentos bem inferiores à maioria dos concorrentes do Sul e Sudeste, isso deveria ser um alento, uma dose extra de oxigênio.
Observado pelo volante Feijão, o zagueiro Demerson carrega a bola em disputa com o atacante Tiago Luís na Arena Condá. O problema do Bahia é justamente o que fazer com a bola
Mas eis que a bola rola, já chegamos à 9ª rodada, e nada disso se comprova. Pelas bandas de Itinga, o início do Tricolor, apesar da derrota para o favorito Cruzeiro, foi positivo. Deu até para iludir o apaixonado torcedor e entrar no G-4. Triunfo importante contra o Figueirense, fora de Salvador, e vitória magra, mas maiúscula, contra o Botafogo, na Fonte, gol de Maxi.
Depois desse 1x0 sobre o time carioca, o Bahia não ganhou de mais ninguém. Isso foi na terceira rodada. Aí vieram dois empates por 1x1, contra Vitória e Flamengo, arrancando o precioso empate nos minutos finais. E o pior: três derrotas seguidas. Fluminense (1x0), Santos (2x0) e ontem para a Chapecoense (2x1).
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Depois de descer a ladeira vertiginosamente dentro da competição, vem a pergunta capciosa do título: vai pra onde? A atuação e resultado de ontem, diante da limitada equipe da Chapecoense, recém-promovida à elite, são ingredientes que ajudam a formular essa resposta. É fato que o Tricolor estava bastante desfalcado, mas desfalques todos os times vão ter, mais cedo ou mais tarde.
Isso nunca pode ser desculpa, nem para derrotas pontuais, nem para análise de desempenho a longo prazo. O fato é que com a campanha sofrível a derrota para o time do interior de Santa Catarina seria o suficiente para mandar o Esquadrão para a zona de rebaixamento consolar o rival Vitória. O que salvou, pelo menos nesta pausa para a Copa, foi a mãozinha de Ney Franco (olha o técnico outra vez), que viu o Flamengo levar 3x0 do Cruzeiro.
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Para saber para onde vai mesmo o Tricolor nesse Brasileirão, é preciso fazer também um pouco de futurologia. No pós-Copa, mirando a fuga das últimas posições, o adversário é o São Paulo, hoje no G-4. É preciso se preparar e se reforçar. Ou combinar com o time de Ganso, Pato e Luís Fabiano.
Fonte: Fábio Vasconcelos - IBahia
Foto: Jardel da Costa/Estadão Conteúdo
