Postado por - Newton Duarte

Quem assumirá o Ministério do Esporte após as eleições?

Para quem Rebelo passará Ministério do Esporte? Depende das urnas

Eleição presidencial vai delinear perfil para a pasta nos próximos quatro anos

Aldo Rebelo e Ronaldo trabalharam juntos na organização da Copa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O rumo do comando do esporte nacional em Brasília ainda é incerto. Em que pese algumas especulações, os primeiros passos da linha de sucessão no Ministério do Esporte só poderão ser dados após domingo, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) disputarão o segundo turno da eleição presidencial. De concreto mesmo só a saída de Aldo Rebelo do comando da pasta ao fim do ano.

Rebelo já revelou que vai passar o bastão, mesmo se o PT engatar mais quatro anos de mandato no Palácio do Planalto. Ele é membro do PCdoB, partido "detentor" da cadeira desde o começo do governo Lula, quando o Esporte foi separado do Turismo, com Agnelo Queiroz (só mudou de partido após deixar a pasta), passando por Orlando Silva e chegando a Aldo, cujo mandato nasceu em outubro de 2011.

Seguindo a lógica da hereditariedade partidária, um nome provável seria Nédia Campeão, vice-prefeita de São Paulo, que já atuou na secretaria de Esportes da Prefeitura durante a gestão Marta Suplicy, entre 2001 e 2004. Indagada sobre o assunto, a própria Nádia descoversou, dizendo que nada foi comentado ainda dentro do PCdoB, pois "o partido está focado no segundo turno e ainda há muito trabalho para ser feito".

Mudando de lado, passando a analisar o cenário com o PSDB de Aécio Neves na presidência, não dá para fugir do nome de Ronaldo. O Fenômeno tem subido no palanque do tucano, feito campanha explícita e, segundo algumas pessoas próximas, é o primeiro da fila para a função. O nome do técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, também chegou a ser ventilado, de acordo com o colunista Lauro Jardim, da "Veja".

A favor de Ronaldo pesa - sem trocadilhos - a participação no Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, do qual fez parte como membro do conselho administrativo. Ronaldo também é fechado com o presidente da CBF, José Maria Marin, do sucessor, Marco Polo del Nero, que também são aliados de Aécio. Ou seja, o comando do futebol nacional não seria um obstáculo para o ex-maior artilheiro da história das Copas.

Quem assumir terá, entre outras obrigações, a missão de participar do complemento da preparação brasileira para a Rio-2016. Como a Copa do Mundo já mostrou, sediar um megaevento não é brincadeira de criança.