Quem tem medo da matemática?
Em tempos de robôs e programas de informática ultrassofisticados, cada vez mais os números tem importância absoluta sobre as decisões que as pessoas e empresas precisam tomar em seu dia-a-dia.
Após a Copa do Mundo, com a conquista da Alemanha, mostrou-se que os times, especialmente os Alemães, utilizam dados especializados até para posicionar os jogadores campo. As modificações são analisadas a partir de números do próprio desempenho e da movimentação do adversário.
Tão falada nos clubes de futebol e realmente imprescindível, a fisiologia, apesar se ser uma especialidade médica é expressa em números. Seus dados, para quem sabe avaliar, baliza a tomada de decisão dos treinadores na escolha do melhor “11” de cada partida, além do banco de suplentes.
O grande exemplo disso que afirmo, foi a atitude do Técnico Van Gaal ao trocar seu goleiro faltando 1 minuto para o fim da prorrogação, num jogo eliminatório de Copa do Mundo, baseado exclusivamente nos dados extraídos dos treinamentos da Seleção Holandesa. O resultado foi visto mundialmente.
Sobre isso, é importante salientar que um grande “mito” foi jogado ao solo e pisoteado neste momento: Que um jogador precisa de muito tempo para “entrar” numa partida e dar resultados. Mais uma falácia nacional, criada apenas para justificar derrotas previsíveis.
Mas, qual o motivo que me leva a falar sobre isto?
Vejo o Bahia com uma terrível dificuldade na saída de bola, na recomposição e, por conta da idade da maioria de seus jogadores, na movimentação constante dos volantes objetivando sufocar a variação do(s) meia(s) dos adversários.
Nossa intermediária, como diria o velho cronista: “Parece uma areia movediça. Todo mundo brinca, todo mundo samba, todo mundo passeia”. Nossos volantes são duros, erram muitos passes, tem posicionamento fixo, repetindo erros do passado, postando-se quase como uma defesa de um time feminino de handebol. Vide gol do internacional. Não tem goleiro que aguente.
Portanto, baseado exclusivamente em números, transformados em dados estatísticos, para um clube que está desesperadamente precisando de um triunfo, colocaria Rhayner como 3º homem de marcação, tendo liberdade para auxiliar o ataque. Executando assim, seu mister.
Para quem não atenta para estes detalhes e não é afeito à resolução de equações, o citado atacante é um dos principais “ladrões” de bola do Esquadrão, demonstrando ainda ter o melhor fôlego do time. Liberaria espaço para mais um atacante.
Logicamente, que para isso seria necessário treinamento. Jamais conseguiremos desvendar esta incógnita com 30 minutos de treinamentos diários em finais de tarde. Tudo demanda trabalho. Talvez seja o que está faltando.
Só para lembrar, pedindo antecipadamente 1 milhão de desculpas pela comparação extremada: O melhor volante do mundo, começou e jogou muito tempo, como atacante ponta-direita: Schweinsteiger.
Os números vocês podem encontrar no site Torcidabahia.comClique e veja
Luis Peres é Cofundador da União Tricolor Bahia e colunista do site torcidabahiapontocom
