Postado por - Heitor Montes

Régis analisa temporada: Titularidade no fim, jogo primordial e 2017

Régis avalia temporada no Bahia, em que teve números superiores ao de Renato Cajá, mas só ganhou vaga no time na reta final da Série B do Brasileiro

Eram 16 minutos do segundo tempo quando o técnico Guto Ferreira chamou Régis para substituir Renato Cajá. O Bahia perdia por 1 a 0 para o Ceará, partida válida pela 33ª rodada da Série B, e a briga por uma das quatro vagas na elite nacional ia se complicando. Só que, em dia iluminado, o então camisa 20, reserva até ali, resolveu a parada: deu assistência para Edigar Junio, marcou um belo gol e foi o grande destaque do Tricolor, que virou para 3 a 1 e seguiu firme rumo ao acesso.

Aquele foi o jogo “primordial”, definição empregada pelo próprio meia de 24 anos, para que ele se tornasse titular do Bahia até a reta final da temporada. Régis afirmou ao GloboEsporte.com:

Foi um jogo primordial, não só pelo espaço que conquistei, mas pelo que a equipe estava precisando

Primordial, porém não fator exclusivo para explicar a oportunidade dada por Guto Ferreira na reta final da temporada. Com menos partidas disputadas, Régis tem números superiores aos de Renato Cajá, titular durante a maior parte da Série B. Vamos a eles, então.

Das 26 vezes que entrou em campo na Série B, Régis foi titular em sete oportunidades. Marcou quatro gols e distribuiu cinco assistências, a última delas na derradeira partida do ano, contra o Atlético-GO. Renato Cajá, que disputou 32 partidas, 29 como titular, somou quatro gols e três assistências durante a competição.

Será que Régis demorou a ganhar a vaga de titular? Há quem diga que, quando começava jogando, o rendimento não era mesmo. E para 2017, quais são os planos no Tricolor – o meia tem contrato até o fim da próxima temporada?. A essas e outras perguntas, Régis respondeu em entrevista exclusiva ao GloboEporte.com. Confira abaixo.

GloboEsporte.com: Como você avalia o ano de 2016 pelo Bahia?
Régis: Foi um ano muito bom. A gente conseguiu colocar o Bahia no seu devido lugar, que é a Série A, mesmo durante o ano tendo altos e baixos. Conseguimos nosso objetivo. Quanto ao Bahia, foi um clube que me recebeu muito bem, minha adaptação foi rápida. Estou muito feliz.

Ficou satisfeito com o rendimento em campo?
Fiquei satisfeito. Importante, não só por mim, mas sim pela equipe ter conquistado o objetivo. Temos que enaltecer todos. Não só o que eu pude representar dentro de campo, mas o grupo todo me ajudou e fez com que a gente pudesse desenvolver o melhor futebol.

Você teve um início avassalador no Bahia, mas depois teve uma queda. O que aconteceu?
Eu tive uma lesão. Quando eu voltei, perdi um pouco de espaço. O time teve uma caída. Isso é normal. Campeonato é longo, é difícil, e para manter a regularidade é muito difícil. Importante é que no final a gente conseguiu estar muito bem.

Você tem números superiores aos de Cajá: mesma quantidade de gols e duas assistências a mais. Acha que demorou a ganhar a titularidade?
Cara, não sei nem o que dizer. Eu vinha trabalhando forte desde que eu cheguei, sempre procurando ajudar. Sempre procurando trabalhar mais, para que se o professor precisasse, tanto no decorrer do jogo ou começando, eu estivesse preparado. Então, o professor sabe o que é bom para a equipe, sabe o que é melhor. O importante é que eu terminei jogando e ajudando a equipe.

Talvez o seu melhor jogo tenha sido aquele contra o Ceará, que inclusive lhe rendeu a titularidade. Ali você já sentia que era o seu momento?
Foi um jogo primordial, não só pelo espaço que conquistei, mas pelo que a equipe estava precisando.

Você fica no Bahia para a próxima temporada. Acredita que começando o ano no clube, fazendo a pré-temporada com o grupo, seu desempenho vai ser superior ao de 2016?
Com certeza. A gente vai trabalhar, o Bahia vai dar todo o suporte para que a gente desenvolva o nosso melhor. Espero que o ano de 2017 seja muito melhor do que foi o de 2016, seja muito mais produtivo, porque quem ganha é o Bahia.

O que o Bahia precisa fazer para ter um grande ano no retorno à elite?
Fazer o que vem fazendo. O Bahia é um clube sério, o presidente tem muita capacidade, diretoria, comissão. Clube que nos dá todo suporte, e que os jogadores assimilam rápido o que é Bahia, para dar alegria a essa torcida que, sem dúvida, foi uma das principais motivos do nosso acesso.

Fonte: Globo Esporte