Íntimo da zona, Guilherme Santos receita alívio imediato
Guilherme Santos (D) e Uelliton no Fazendão
Faltando apenas sete rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, o Bahia precisa somar, ao menos, cinco triunfos para alcançar os 46 pontos. Segundo os matemáticos, este é o valor que salvaria um clube da degola em 2014. A missão parece um tanto quanto difícil, principalmente, ao se analisar o recente desempenho do clube - vice-lanterna, com sete jogos sem vencer (seis pela Série A e um pela Copa Sul-Americana).
Difícil, bem verdade, mas não impossível para um jogador que se auto-intitula "experiente" e "calejado" com a luta contra o descenso. Baiano de Jequié, o lateral-esquerdo Guilherme Santos - que cumpriu suspensão diante do Inter - passou, nos últimos três anos, por situações parecidas ou piores do que a vivida agora no Bahia.
Em 2011, por exemplo, no Atlético-MG, ele se livrou da queda nas últimas rodadas. Venceu cinco de oito jogos disputados. "Nem lembre. Lá foi muito complicado. A pressão, muito maior do que essa que vivemos. Faltavam oito jogos, um a mais do que agora, e no finalzinho demos um 'sprint' e acabamos salvos", contou Guilherme.
Mesma sorte, porém, ele não teve em 2012 com o Figueirense. Acabou rebaixado. No ano seguinte, já pelo Atlético-GO, novo drama. Dessa vez, pela Série B. "Chegamos na última rodada com a obrigação de vencer o Guaratinguetá. Quem vencesse se salvaria. Vencemos por 2 a 0 e nos salvamos. Na época, lembro que o grupo (de jogadores) se fechou num resort, ficou muito unido. Foi que nem agora", disse o lateral, em referência ao refúgio buscado nesta terça-feira, 28, pelo Bahia.
À tarde, 28 jogadores e comissão técnica se hospedaram no Tivoli Eco Resort. O hotel cinco estrelas, localizado na Praia do Forte (a 56 km de Salvador), abrigou a seleção da Croácia durante a Copa do Mundo. O empreendimento fica a cinco minutos do Centro de Treinamento da Praia do Forte, local de atividade dos croatas antes da competição e que receberá exercícios tricolores nesta semana.
"Não conheço bem a Praia do Forte, mas soube que a estrutura é muito boa. Vamos aproveitar ao máximo esse momento. Enquanto houver chances (de não ser rebaixado), vamos fazer de tudo, lutar com unhas e dentes", afirmou o lateral, que terá na cabeça uma preocupação a menos. A diretoria tricolor quitou os salários atrasados.
Durante a entrevista coletiva, Guilherme afirmou não ter conferido seu extrato bancário, porém comemorou a situação.
"Todo trabalhador tem seus compromissos do mês para cumprir. Se eles falaram e cumpriram, isso vai ajudar. É claro que, quando o juiz apita, a gente esquece (o dinheiro). Não podemos pensar só no salário. O Bahia é maior. Ele permanecendo na Série A é mais importante que nosso salário e bom para nosso currículo", concluiu.