Postado por - Newton Duarte

Rhayner foi demitido por justa causa sem saber

Demitido por justa causa sem saber, Rhayner alfineta Pastana

Ao saber da demissão do diretor de futebol, atacante afirmou que "talvez assim o Bahia se salve" do rebaixamento por conta disso

O atacante Rhayner estava na casa da mãe, no Espírito Santo, quando foi informado pelo CORREIO por telefone, ontem, sobre sua rescisão de contrato como Bahia. O jogador ficou surpreso. "Não estou sabendo da rescisão. Eu não cheguei a assinar nada", garantiu. Quando informado que a rescisão havia sido publicada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF na última sexta-feira, disparou: "Então falsificaram a minha assinatura".

Não foi isso que aconteceu, de acordo com o clube. "Nós não tivemos mais contato com Rhayner desde que ele saiu do clube. Marcamos uma reunião para dois dias depois, para tentar iniciar o processo de rescisão amigável, e ele não apareceu. Aí preparamos toda a documentação para iniciar o processo de rescisão por justa causa", explica o gerente jurídico do Bahia, Vitor Ferraz. "Ele realmente não assinou, mas não precisa da assinatura dele. Tivemos a assinatura de duas testemunhas. Comunicamos à Tombense (equipe que emprestou Rhayner ao Bahia) e à Federação Bahiana de Futebol (FBF) e enviamos a documentação (para a CBF, através da FBF)".

Rhayner foi afastado do elenco tricolor em setembro, quando se desentendeu com o então diretor de futebol Rodrigo Pastana - demitido na noite de segunda-feira. Insatisfeito por não ter autorização para participar de um treino realizado em Pituaçu, o atacante teria tentado agredir o dirigente com um pedaço de madeira.

Rhayner não se conteve ao saber da demissão de Pastana. "Talvez assim o Bahia se salve", alfinetou. "Mas prefiro não falar sobre isso. Eu estou instruído a não dar entrevista", ponderou. A instrução foi dada por seu empresário, Eduardo Uram, que também foi surpreendido com a notícia de que a rescisão do contrato havia sido publicada na CBF. "Saiu no BID a rescisão dele? Então vou entregar o caso para os meus advogados", disse. A tendência é que o caso pare na Justiça do Trabalho - que julgaria se a situação ocorrida como jogador configura justa causa ou não.