Postado por - Newton Duarte

'Risco zero': Bahia não terá prejuízo em amistoso contra o Shakhtar, diz Presidente

Presidente do Bahia diz que clube tem “risco zero” de prejuízo em amistoso

De acordo com Marcelo Sant'Ana, time baiano não terá custos na vinda do Shakhtar e ainda lucrará com percentuais das rendas derivadas da partida na Fonte Nova

O Bahia vai receber, na próxima semana, o Shakhtar Donetsk para um amistoso na Arena Fonte Nova. O jogo será realizado às 20h (de Salvador) do dia 16 e tem mobilizado os torcedores pela cidade. A partida em Salvador será a primeira do tour do time ucraniano pelo Brasil. O Tricolor é o único time do Nordeste a enfrentar o adversário europeu e esse é apenas um dos motivos apontados pela diretoria do clube para acreditar que o jogo será um sucesso de público.

De acordo com o presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, o time baiano não terá prejuízo na realização do amistoso. Segundo ele, o clube não terá custo na vinda do Shakhtar, será beneficiado com porcentagens das receitas e confia em uma grande presença da torcida na arquibancada.

- Para o Bahia, à exceção de um eventual prejuízo no borderô, que eu não acredito que vá acontecer, porque entendo a força da torcida do Bahia e o valor do Shakhtar, acredito num público de cerca de 20 mil pessoas na Fonte Nova... O risco é zero. O Bahia não tem risco nenhum ao trazer o Shakhtar, não tem custo nenhum. A negociação que a gente fez, a gente vai ser beneficiado com percentual de divisão de receitas, sejam receitas de patrocínio, de televisionamento, de bilheteria... Então, como é a negociação com os outros clubes eu não sei. A informação que eu tive era que a negociação específica do Flamengo era diferente dos outros quatro clubes. Mas eu não posso dizer por cada um dos clubes. Eu respondo pelo Bahia. O risco do Bahia nesse amistoso é praticamente zero. Não tem como o Bahia ter prejuízo, à exceção da questão da bilheteria, que é uma questão pontual. Mas repito: acredito na força da torcida do Bahia, acredito muito no valor desse amistoso como produto, de a gente ter um posicionamento do Bahia junto ao mercado europeu. Em todas as receitas que forem geradas por essa partida, o Bahia tem direito a um percentual. Esse percentual varia de acordo com a origem dessa receita... Se ela vem de direito de transmissão, de patrocínio, bilheteria... Aí tem a variação - afirmou o dirigente.

Sant’Ana voltou a repetir o discurso de que o jogo contra a equipe da Ucrânia é uma forma de levar a moral do torcedor do Bahia. Ele lembrou que o ano passado terminou com o rebaixamento da equipe para a Segunda Divisão e apontou uma perspectiva de nova realidade daqui para frente.

- Acredito que o torcedor vai abraçar esse amistoso. A gente tem esse amistoso como resgate da nossa autoestima. O ano de 2014 foi um ano complicado dentro de campo, principalmente. Nos aspectos estruturais, o Bahia até evoluiu um pouco. Mas, dentro de campo, que é o que mais importa para o torcedor, foi um ano frustrante. Então o amistoso contra o Shakhtar serve como mercado, um posicionamento do Bahia no mercado europeu, mostrando a grandeza do Bahia dentro do mercado brasileiro, porque é o único clube do Nordeste que está neste amistoso. Os outros são o Cruzeiro, bicampeão brasileiro, o Atlético-MG, campeão da Copa do Brasil, Flamengo, que tem a maior torcida quantitativa – porque qualitativa prefiro a torcida do Bahia do que a torcida do Flamengo -, e o Internacional, que, historicamente, sempre consegue fazer bons negócios. E o Bahia consegue se posicionar nesse mercado. E a autoestima de a gente ter um jogo de altíssimo nível na nossa casa, dentro da nossa cidade. O Bahia não tinha o direito de desperdiçar essa oportunidade. E o torcedor tricolor também não vai desperdiçar - finalizou o presidente.