Postado por - Heitor Montes

Rodrigão é apresentado e relembra jogo do Bahia que assistiu em sua terra natal

As cores na camisa são as mesmas, mas a função é diferente. Baiano de Belmonte, Rodrigão, de 23 anos, foi apresentado nesta sexta-feira no Fazendão como reforço do Bahia para a sequência do Campeonato Brasileiro - ele foi emprestado pelo Santos até o fim da temporada. O atacante será a nova esperança de gols para o time, que não balança as redes há três rodadas. Dez anos atrás, ele também mantinha laços com o Tricolor, mas de outra forma. Em 2007, como torcedor, assistiu de cima de um muro a uma pré-temporada da equipe que disputaria a Série C. Na época, apenas sonhava em ser jogador profissional. Não era nem sombra do atleta que chamou a atenção em 2016 ao marcar 23 gols e disputou o posto de artilhiero do Brasil.

- Coisa engraçada. Nunca passei por aqui [pelo futebol baiano]. Virei profissional em Minas Gerais, no Democrata-MG, de Governador Valadares. Vi muito o Bahia jogar. Quando o Bahia jogou em 2007, em Belmonte, na pré-temporada, estava assistindo ao Bahia de cima do muro. Hoje, para você ver como o mundo da bola é pequeno, estou aqui no Bahia, para defender as cores do Bahia – contou o centroavante.

O amistoso lembrado por Rodrigão foi contra a seleção de Belmonte. O Bahia goleou por 6 a 0, com gols de Emerson Cris, Inho Baiano, Ávine, Amauri e Danilo Gomes, duas vezes. O atacante Fafá perdeu um pênalti para o selecionado do interior baiano. O novo reforço tricolor tem a partida como uma memória recente.

- Em 2007, não era profissional. Virei profissional em 2014, no Democrata. Quando o Bahia fez a pré-temporada, tinha um amigo meu que jogou pelo Bahia, era o Fafá. Ele perdeu um pênalti contra o Bahia em 2007. Para mim, aquilo era incrível. O sonho de qualquer garoto é jogar no profissional. Em 2007, quando vi o Bahia, era uma pressão muito grande. Depois de dez anos, olha onde estou, defendendo as cores do Bahia.

Rodrigão foi apresentado pelo Bahia na tarde desta sexta-feira (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia) Rodrigão foi apresentado pelo Bahia na tarde desta sexta-feira (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)

Além de torcedor na infância, Rodrigão tem familiares tricolores. O atacante contou que o pai é adepto do Bahia, o que torna a passagem pelo clube especial.

- Decidi pelo Bahia, conversei com meu agente, eu que decidi mesmo. E minha família tem Bahia, meu pai torce pelo Bahia. Estou muito feliz por estar aqui. Quero realizar um bom trabalho, como realizei em todos os clubes pelo qual passei.

A última partida disputada por Rodrigão foi no início de junho, no triunfo do Santos sobre o Botafogo. Apesar de não entrar em campo há um mês, o atacante diz estar pronto para jogar no domingo, contra o Fluminense.

- Pode contar comigo a qualquer hora. Tem jogo domingo. Se for para estar no jogo, estarei. Darei a vida dentro de campo para ajudar o Bahia. Se depender de mim, estarei lá para defender o Bahia.

Confira outras declarações de Rodrigão:

Concorrência
- Em qualquer lugar que se vai, tem concorrência. Me destaquei bastante no Campinense, de lá fui para o Santos. Se pegar os números de todos os jogos que fiz no Santos, fui bem, ajudei a equipe. Quando cheguei no Santos, no meio do ano, mostrei meu futebol, ajudei a equipe, e fomos vice-campeões. Depois iniciei a temporada muito bem, mas acontecem algumas coisas no futebol... Então, agora estou aqui no Bahia e vim mostrar meu trabalho.

Número da camisa
- Tinha dois números [de preferência], mas já são usados aqui. Escolhi o número 39. Sempre usei os números de aniversário de meu pai ou minha mãe, já usam aqui o 22 e o 27. Para mim está tranquilo. Tenho que mostrar meu futebol dentro de campo. Numeração não importa.

Infância
- Minha família inteira é de pedreiros. Fui ajudante, pintor. Sempre ajudei em casa, meu pai, minha família. Graças a Deus, que me abençoou com o dom que eu tenho, que é jogar bola, virei profissional e pude ajudar minha família.

Fonte: Globo Esporte