Em 11 jogos, Bahia ultrapassa a pontuação de todo 1º turno de 2012
Sob o comando do técnico Cristóvão Borges, Tricolor deixa para trás crise do 1º semestre e supera a si mesmo no Campeonato Brasileiro 2013
Da água para o vinho. De um extremo ao outro. De uma largada da zona de rebaixamento a uma início que permite sonhar muito alto. Comandado por Cristóvão Borges, o Bahia reverteu as avaliações iniciais de que brigaria contra a degola no Campeonato Brasileiro 2013, chegou ao G-4 da tabela de classificação e já contabiliza uma campanha melhor que a desempenhada em todo o primeiro turno da Série A do ano passado.
Em 2012, o Tricolor somou apenas 17 pontos nas 18 primeiras rodadas do Brasileirão, média inferior a um ponto por partida. Neste ano, a história é bem diferente. O time baiano conquistou 19 pontos em 11 jogos, rendimento que coloca o Esquadrão de Aço como segundo colocado na competição nacional.
A evolução da equipe está estampada na comparação entre as duas temporadas. Na 11ª rodada da Série A do ano passado, o Bahia estava na penúltima colocação da tabela de classificação com apenas oito pontos, um a mais que o Atlético-GO, então lanterna da competição. Na ocasião, o Tricolor havia conquistado apenas um triunfo, acumulava cinco derrotas e dava sinais claros de que poderia encerrar a temporada amargando o rebaixamento.
Apesar da péssima campanha no primeiro turno da Série A de 2012, o Bahia escapou da degola. Sobrevivente, o Tricolor superou até mesmo a crise do primeiro semestre deste ano e reverteu a situação. Das 11 partidas disputadas até aqui no Campeonato Brasileiro 2013, o time de Cristóvão Borges venceu cinco e sofreu apenas duas derrotas, melhor desempenho da equipe desde que a competição passou a ser disputada por pontos corridos, em 2003.
Se em 2012 a meta era chegar aos 45 pontos, pontuação mínima para se escapar do rebaixamento, em 2013 o torcedor tricolor já ir mais além. A meta passou a ser ficar entre os primeiros colocados e sonhar com uma vaga na Copa Libertadores da América. De todo modo, se a preocupação é com o descenço, o Bahia, que a cada dia dá mostras que não estará nesta briga, precisa somar apenas mais 26 pontos para esquecer possibilidades de queda para a Série B.
Tudo mudou
A quantidade de pontos conquistados em 11 rodadas não foi a única coisa que mudou no Bahia de 2012 para o Tricolor versão 2013. De bem com os resultados, o time baiano deixou o rodízio constante de técnicos no passado.
'Santo milagreiro', Cristóvão recuperou a autoestima dos jogadores e da torcida do Bahia
Em 11 jogos do Brasileirão 2012, o comando técnico do Bahia já havia sido substituído uma vez. Campeão baiano, Falcão foi substituído por Caio Junior, que deixaria o time pouco tempo depois. No atual Campeonato Brasileiro, apenas um treinador comandou o time: Cristóvão Borges. Cria das categorias de base do Tricolor, o treinador chegou pouco antes da partida contra o Criciúma, na primeira rodada da Série A, conquistou o elenco e a torcida, e passou a ser considerado peça-chave na transformação do Bahia.
Torcedor assumido, Cristóvão Borges conta que o novo Bahia não é fruto de estratégias elaboradas ou puro talento em campo. O Tricolor que mostra bom rendimento no Brasileirão nasceu a partir do resgate de sentimentos.
- Quando cheguei, o Bahia era um cube triste, com a autoestima baixa. A torcida, que era apaixonada, não acreditava mais. A gente conseguiu resgatar essas coisas. Hoje é uma equipe confiante, com personalidade. Procuramos trabalhar para que eles entendessem e acreditassem que esse é o nível deles - contou.
Superando a matemática e entrando no hall dos milagreiros, Cristóvão crê que a disciplina, a tática e a organização são pontos determinantes nesta virada tricolor. Seja lá qual for o método, o 'milagreiro baiano' segue disposto a fazer com que o Bahia desafie os números e avance ainda mais longe, superando estatísticas e surpreendendo quem até pouco tempo atrás achava que o time seria uma cópia da fragilidade de 2012.
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Tabela interativa da Série A com atualização online
Fonte: GLOBOESPORTE.COM
Foto: Eduardo Martins /Ag. Estado e Felipe Oliveira / Agência Estado
