O que ficou indicado no treinamento de quinta-feira deve ser o realizado pelo técnico Jorginho neste domingo, contra o Fluminense, na Arena Fonte Nova, pela 12ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Em coletiva nesta sexta, o treinador do Bahia confirmou que a tendência é mesmo escalar Vinícius como o tão falado ‘falso 9’ para o duelo, que terá início às 16h (de Brasília).
A confirmação do time que vai a campo, com o retorno de Lucas Fonseca na zaga, veio após o treinador se mostrar contra os treinamentos fechados, apesar de ter adotado esta tática nas últimas semanas. Como Rodrigão não tem a confirmação da condição de jogo, Mendoza será deslocado para uma das pontas, na vaga do suspenso Allione, e Vinícius substituirá o machucado Edigar Junio.
- Tenho uma forma de trabalhar. Sinceramente, não gosto muito dessa questão de treino fechado. Às vezes a gente precisa ter nosso momento a sós. Não sou muito adepto dessa questão de ficar fechando treinamento. A gente está tão exposto aqui, pode subir ali e ver o treinamento. Não vejo nenhum problema em vocês poderem filmar. A nossa opção hoje é para jogar com Régis e com o Vinícius. A gente está trabalhando isso porque sabemos que não são dois jogadores que fazem essa função mesmo de pivô, de um atacante. Têm movimentação muito boa. A chegada do Rodrigão nos dá essa possibilidade, mas não sabemos o que esperar para o próximo jogo por causa da questão médica, física e burocrática. Essa é nossa primeira opção. Basicamente não mudaria nada, só a volta do Lucas para a equipe titular - explicou Jorginho.
Além da possível escalação para o jogo de domingo, o treinador também fez outra revelação em relação à partida. Ao ser questionado sobre Abel Braga, técnico do Fluminense, Jorginho disse ter admiração pelo rival desde os tempos de jogador.
- Abelão é um mestre, cara de muito sucesso. É um treinador muito querido entre nós da mesma profissão. Era um cara que eu, como torcedor, fui muito ver jogar. Era um zagueirão muito firme, muito duro. Vi muitos jogos do Abel, tenho respeito muito grande pela história dele. Em alguns momentos difíceis da minha carreira como treinador, o Abelão me ligou para me dar uma força, uns conselhos. Isso é muito bom. Fico feliz de reencontrá-lo, jogar novamente contra ele. Sabemos o potencial que ele tem, (o potencial) dessa equipe... Pegou uma equipe extremamente jovem e fez dela uma equipe muito competitiva, uma equipe extremamente veloz, com uma transição ofensiva muito rápida. É uma equipe que a gente tem que ter todo cuidado, tem que estar muito atento. A gente está treinando bastante para isso, para que a gente não seja surpreendido e surpreenda essa equipe - comentou.
O Bahia deve ir a campo, no domingo, com a seguinte escalação: Jean; Eduardo, Lucas Fonseca, Tiago e Armero; Renê Júnior e Matheus. Sales; Zé Rafael, Régis e Mendoza; Vinícius.
Confira abaixo outros temas abordados na coletiva de Jorginho
Chegada de Rodrigão
- Estava muito feliz pela vinda dele, é um jogador que já tem história no Nordeste, vinha jogando normalmente até as duas últimas semanas no Santos, teve uma pequena virose e não participou dos últimos dois jogos do Santos, e também os treinamentos foram bem separados. Não adianta hoje criar uma expectativa. A gente está muito feliz pela vinda dele aqui, tenho certeza que vai agregar muito. É um jogador de área, tem presença forte na área, faz um excelente papel de pivô e, ao mesmo tempo, tem uma velocidade. Apesar de ser grande é um jogador que tem uma boa velocidade. É um jogador que, apesar de jovem, tem uma boa liderança, tem personalidade forte.
Alerta contra o Flu
- Estamos bem atentos. Sabemos que eles têm jogadores de extrema velocidade, principalmente o Wellington. A transição ofensiva deles é muito rápida. Não é uma equipe que transita no campo do adversário o tempo todo com a posse de bola, mas é uma equipe extremante veloz no contra-ataque. A gente tem que estar muito atento porque eles são mortais. Quando eles chegam, eles chegam muito bem.
Futebol e religião
- Não trato disso. Não tenho que tratar de religião no vestiário. A gente tem que tratar de futebol. Qualquer intolerância, seja ela religiosa ou não, ela não pode ser tolerada. Cada um tem a liberdade para escolher aquilo que ele quiser. Seja eu ou Feijão. Nós temos liberdade. Vivemos em um país com liberdade religiosa. Ninguém pode tirar essa liberdade e nós.
Fonte: Globo Esporte
