Postado por - Newton Duarte

Sérgio Soares analisa time do Sport e festeja resgate da confiança da torcida

Técnico tricolor conta história em que foi abordado por torcedor no supermecado e pede cuidado com jogadores perigosos do Rubro-Negro pernambucano

"Esse é o Bahia que o torcedor gosta, e isso me encheu de orgulho", diz Soares (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia/Divulgação)

Oempate sem gols com o Sport na quarta-feira, na Ilha do Retiro, serviu para o técnico Sérgio Soares avaliar melhor o adversário do Bahia nas semifinais da Copa do Nordeste. Neste domingo, os dois times voltarão a se enfrentar na Arena Fonte Nova para decidir quem avança para a final da competição regional. Com base da experiência vivida em Recife, o treinador tricolor já sabe o que esperar para o fim de semana e também o que precisa ser feito para neutralizar as armas adversárias.

- O Sport foi um time que procurou jogar, que trabalhou em velocidade, com boa saída de Rithely, que organizava por trás. O Élber, que é um cara perigoso, trabalha com muita velocidade. Um time perigoso na transição com esses homens de frente. O Élber, o Samuel, o Diego Souza e o Myke. O Rithely era um homem importante para municiar esses homens da frente. Com a ausência dele, quem vai entrar é o Ronaldo, e o Rodrigo Mancha no lugar do Wendel, e eles continuam com gente perigosa à frente. Temos que compactar cada vez mais e estar atentos para diminuir o espaço dos atletas, que são perigosos – comentou.

Para o duelo de domingo, o Bahia terá uma arma especial. Mais de 33 mil torcedoreshaviam comprado ingressos para o jogo contra o Sport até o fim da tarde da última sexta-feira. O número de torcedores representa um recorde para o Tricolor na temporada. Até então, o maior público em jogos do Bahia na Arena Fonte Nova tinha sido de 21 mil pessoas, no jogo com o Campinense, pelas quartas de final do Nordestão.

Sérgio Soares comemorou o número de torcedores que marcarão presença no estádio e vê o jogo contra o Sport como oportunidade para convencer a torcida a acompanhar o time de perto até o fim da temporada.

- Mesmo de longe, sempre soube que a torcida do Bahia era numerosa e enchia a Fonte Nova antiga. Estamos com essa expectativa. Ainda bem que é conosco. Temos que trabalhar, fazer nossa parte para que os torcedores nos abracem de vez para o restante da temporada – declarou.

Com a boa fase do time dentro de campo, o técnico tricolor passou a ser assediado pelos torcedores do Bahia. Ele conta que a reação da torcida provoca orgulho pelo trabalho feito até aqui.

- Um dia fui abordado no mercado, e um torcedor disse: "Professor, sou torcedor do Bahia desde 1960. Não vou no estádio há 20 anos e voltei a ir agora. Tudo porque você coloca o time para frente, usa os meninos da base”. Esse é o Bahia que o torcedor gosta, e isso me encheu de orgulho – contou o técnico.