Postado por - Newton Duarte

Seu nome é Jack!

Seu nome é Jack!

Não sei por qual motivo lembrei-me de uma professora que tive no ginásio. Com a recordação, retornaram aos meus ouvidos suas palavras condenando aqueles pais que para se livrarem do assédio de seus filhos prometiam qualquer coisa, mesmo sabendo que quase nenhuma daquelas promessas se tornaria realidade. Ela dizia: “Tratam como bobos e ainda estão ensinando a mentir, veremos surgir uma geração de mitômanos”. Ela estava certa!

Para não falar do presente, pessoas e governos projetam ‘futuros’ gloriosos e, com muita facilidade, seletivamente, esquecem-se do passado, principalmente, quando precisarão se valer de métodos condenados em outrora para garantir sua sobrevivência. Criam histórias quase que perfeitas daquilo que gerem, valendo-se de mantras, chavões, clichês, repetindo enfadonhamente palavras que vem e vão, a depender da necessidade das circunstâncias.

Desinformou? Confundiu? Resolveu!

Exaustivamente premeditado, a verborragia utilizada e comportamentos objetivam tão somente tratar a todos como se fossem ingênuos e manipuláveis. Desrespeitam a inteligência alheia com a mesma facilidade com que ofendem nos momentos de questionamentos. Parece ser insuportável uma cobrança qualquer. Quem se “atreve”, é tratado como “inimigo público n.º 1”. Merece a pena de isolamento (para falar por baixo). Acompanhados de seu secto, tentam ridicularizar seus pseudo-oponentes.    

Mas, aqui não é lugar de falar de política, nem é disso de que estou tratando agora. Falo do nosso dia-a-dia. De tudo que nos cerca. Com quem nos relacionamos, o que comemos, o que vestimos, mas, especialmente, quem fomos, quem somos, quem queremos ser e para onde vamos. A busca constante do nosso ‘norte’. Aquilo que nos impulsiona para frente. Fazendo-nos melhores ou até maiores. Sem isso, estaremos inertes ou seremos decadentes até o desaparecimento.

Já escrevi certa vez que um clube de futebol se faz de ídolos em campo e torcida na arquibancada. Torcida nós temos. Uma multidão que é de ‘ouro’. Gente pobre, que vive à beira da escravidão, mas não “abre mão” de tirar do seu pouco, para ver seu clube do coração. Abdicam de tantas coisas para si e suas famílias, só para ir a um estádio, num transporte ruim, com ingresso caro, serviço incompetente... Seu sacrifício pouco é retribuído por quem deveria cuidar de sua existência.   

Além disso, as mazelas de um passado de exploração predatória nos deixou um legado de dívidas que nos afastam dos grandes craques do futebol mundial. Conservamos, cinicamente, a subserviência aos chamados “grandes centros” onde não temos voz nos momentos de decisão dos fatos. Vivemos a reboque dos interesses alheios, conformando-nos com sobras e dos oportunismos de pedradores mais fortes. Beiramos a mendicância, pois... “Parecemos” hienas. Só não descobri o motivo de certos risos.

Qualquer meia-dúzia de moedas levam nossas revelações. Aquelas que conseguem superar a desconfiança forçada de certos grupos. Exultamos negócios pífios, como grandes conquistas comerciais. Baboseiras são lançadas ao vendo e repercutidas por interesseiros objetivando formar um censo favorável comum. Histórias sem pé nem cabeça se perdem a cada entrevista. Parece que ninguém nunca se viu. Cada um diz uma coisa. É assustador.

Talisca foi vendido! Ao IBahia, Schmidt diz que vai contratar. Em outro, Valton diz que vai pagar dívidas. Em outros sabemos que os jogadores se recusaram a treinar por falta de pagamentos. Mais adiante, o Gerente de Futebol pede demissão... Bolicenho nega! Nunca escrevi tanto uma expressão como: “Bolicenho nega!” já deixei gravado para diminuir o trabalho. Se ele ler isso, é capaz de negar tudo em outro lugar.

Talisca foi vendido! Parabéns ao jovem. Que resolva sua vida e de sua família. Mas, e o Bahia? O que ele pretende para o futuro? A princípio a venda teria se dado numa monta de €4,2 milhões, em cotação de hoje: R$12,684 milhões. Alguns informativos arredondam para R$12 milhões. Ainda assim, para um jovem de 20 anos, com convocações, que chegou a ser forçado a jogar em todas as posições do meio-campo e ataque, é um valor justo? Desculpem... Não dá para aceitar.

Não vou discutir quando esse negócio foi entabulado. Isso pouco importa. Não aproveitarei para entrar também no caso Anderson Melo, que não teve o contrato renovado e coincidentemente, de graça, foi jogar no Beira-mar, clube controlado pelo associado à Carlos Leite. O mesmo, tão criticado na gestão de MGF, após sair do FLAMENGO, reaparece (ou desaparece) com força total na base do Esquadrão. Eu estive em coma ou o tempo não passou?

Quero discutir a repartição dos Direitos do Atleta. Uma lista telefônica de Pequim de beneficiados. Newton Mota apareceu reivindicando seu quinhão também. Não importa se tem direito ou não. Se tiver, que receba. O que espanta, é que apesar tantas auditorias essas participações jamais ficaram explicadas, assim como o caso “Gabriel”. Tudo ficou como está. Mas, como está?

Pior! O que é, ou quem é Chácara Celeste nessa história? Com este nome, inevitavelmente é pessoa jurídica ou o Pai é um doidivanas... Fui ao Google pesquisar. Encontrei apenas, em todo o Brasil, duas empresas: Uma floricultura situada no modesto bairro de Santa Cruz e um luxuoso Buffet na cidade de Sorocaba. A mesma que o Bahia “teria” uma conta-corrente “secreta”, segundo alarde da intervenção e repercutida tão incisivamente pelos PERUS de plantão. Vejo então que são finalidades complementares: São flores para uma grande festa? 10% é R$ 1,3 mi... HAJA!!!

Valendo-me da tão eficiente “transparência Tricolor”, que queimou minha língua ao divulgar o esquartejamento dos direitos de Talisca, estou ávido para saber qual o motivo da participação de uma dessas empresas. Se for a Floricultura, descobrimos que Talisca dá em árvores, portanto poderemos encomendar alguns bouquets... Eu falei: bouquets, antes que apareçam os animadinhos.

Como sou obrigado a ler tudo, ouvir todo mundo, consultar informantes secretos (hahaha...), cheguei à conclusão que quem “repartiu” Talisca em tantos pedaços foi: Jack, O Estripador. Só ele seria capaz de dividir em tantas fatias e sumir sem deixar rastros. Nem a famosa Scotland Yard conseguiu pegá-lo. Quiçá, quem é cego, surdo, mudo, tetraplégico e só consegue dizer amém com uma piscadela das pálpebras.

Que Jack, O Estripador não alcance mais garotos da Base. Senão eu chamo aquele Delegado que prendeu a Máfia dos Ingressos para correr atrás dele. Por falar nisso... Não! Fica para outra hora.

Só para não dizer que não falei de flores pela segunda vez, a quantas anda o lucrativo Fundo de Investimentos? Não precisa nomes, nem valores. Uma notinha só basta.

Qual o motivo que, assim como MGF, extinguiu o TOB e transferiu o controle para o consórcio das empreiteiras na AFN? Uma notinha só basta. Se fosse ruim, seguramente eles não iriam querer.

Depois, fazer campanha para associação e esquartejar publicamente quem por qualquer motivo atrasou a mensalidade da associação é de uma covardia imbecil.

Tinha mais uns 12 ou 13 assuntos para tratar. Principalmente, estranhíssimas ligações político/esportivas. Mas, é melhor correr. Jack está na área e pode querer me repartir também


Luis Peres é Co-fundador da União Tricolor Bahia e colunista do Site torcidabahia.com