Postado por - Newton Duarte

Só para quem tem OPOSIÇÃO

Oposição santista vai pedir esclarecimentos sobre compra de Damião


Conselheiros desconfiam de parceria com fundo de investimentos que comprou o atacante do Inter


Jogador veio por negociação no valor de R$ 41 milhões - Nilton Fukuda/Estadão

Jogador veio por negociação no valor de R$ 41 milhões

SÃO PAULO - A chegada do atacante Leandro Damião deixou dúvidas nos bastidores da cúpula do Santos. No começo de janeiro, o grupo de oposição à presidência do clube promete entrar com uma representação e pedir informações para o Comitê de Gestão sobre a origem dos R$ 41 milhões pagos pelo fundo de investimentos Doyen Sports ao Internacional para a contratação do jogador. Integrantes do Conselho Deliberativo estão desconfiados da parceria responsável por concretizar a contratação mais cara do futebol brasileiro.

A Doyen Sports é uma empresa inglesa e com sede em Malta, paraíso fiscal no Mar Mediterrâneo. Na mesma sede dela trabalham companhias que atuam no mercado de apostas online em jogos de futebol. No Brasil, o representante da Doyen é Renato Duprat, empresário conhecido no Santos por ter sido patrocinador do time na década de 1990. Ao desfazer a parceria, deixou uma dívida de R$ 1,2 milhão, segundo relatório da CPI do Futebol. Duprat também foi intermediário do acordo entre Corinthians e MSI, em 2004.

Os oposicionistas querem solicitar informações sobre a participação do Santos na contratação do atacante e suspeitam que o dinheiro pode ter origem obscura, além de temer que o time tenha virado "barriga de aluguel" para promover o interesse de empresários. O mesmo grupo Doyen já participou da venda do meia Felipe Anderson para a Lazio e também ajuda o Santos na negociação com a Ponte Preta pelo atacante Rildo.

A diretoria santista afirmou que não teme a proximidade da Doyen Sports com empresas de apostas de jogos e entende que a parceria é fundamental para que o time possa concretizar a contratação de reforços.


Fonte: Ciro Campos - O Estado de S. Paulo

Foto: Nilton Fukuda/Estadão