Postado por - Newton Duarte

Sonhando com surpresa para a torcida, Railan lembra sua identidade (quase) secreta

Railan lembra tempos de mascote e sonha com surpresa para a torcida

Lateral-direito fazia papel de Super-Homem quando estava nas categorias de base do clube e agora propõe voltar a utilizar a roupa antes de um jogo do Bahia

Antes de se profissionalizar, Railan quebrava um galho como mascote do Bahia (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia/Divulgação)

Durante muito tempo, a torcida do Bahia vibrou e se deliciou com as brincadeiras e provocações do mascote tricolor na beira do gramado. O Super-Homem era encarnado pelo garoto Railan, cria das divisões de base do Tricolor. Antes dos jogos, animava os tricolores e, em algumas ocasiões, provocava os adversários. Quando, em 2010, a equipe garantiu o acesso para a Primeira Divisão, era o lateral-direito quem estava fantasiado do lado de fora do gramado.

- Era uma alegria imensa. Deixei muita lembrança sendo mascote. Agora quero deixar lembrança jogando. Fazia a alegria dos torcedores que estavam no estádio. Pituaçu... Não cheguei a entrar na Arena. Queria entrar na Arena de mascote. Não cheguei a entrar. Quando entrava de mascote, eu tentava fazer o máximo que podia. Às vezes eu jogava no Sub-20 e nem fazia a oração com os jogadores. Já ia direto para vestir a roupa do Super-Homem. Quando eu entrava, eu queria ver a alegria dos torcedores. Eu fazia isso: extravasava.

Já falei até com o presidente uma vez, no Baiano: “Vamos fazer uma surpresa para a torcida? Eu me visto de Super Homem, chego no meio do campo e tiro a roupa?”

Railan

Cinco anos depois, Railan pode comemorar um novo acesso do Bahia. Mas, desta vez, deve ter a oportunidade de ser o titular da equipe de Sérgio Soares. Após se recuperar de uma cirurgia no joelho, o lateral-direito atuou no segundo tempo do empate com o Sampaio Corrêa e tem grandes chances de ser mantido na equipe principal.

Apesar da responsabilidade dentro de campo, ele não esquece do passado de mascote. A alegria em vestir a roupa do Super-Homem é tão grande que chegou a propor uma surpresa antes de alguma partida.

- Já falei até com o presidente uma vez, no Baiano: “Vamos fazer uma surpresa para a torcida? Eu me visto de Super-Homem, chego no meio do campo e tiro a roupa?”. Já falei isso uma vez. Até o assessor de imprensa, Jayme [Brandão], falou também. É possível, sim. Por que não? Se for coisa boa, a gente tem que topar. Se for para ver a alegria dos outros, eu topo sim - finalizou.