Candidato Tillemont afirma que a atual gestão do Bahia não entende de futebol
Dando continuidade à série de entrevistas com candidatos à presidência do Bahia, o Aratu Online ouviu nesta quinta-feira (11) as propostas do empresário Antonio Tillemont. O representante da chapa Integridade Tricolor, que concorre pela segunda vez consecutiva ao cargo, disse que o clube não teve os resultados esperados, após o processo de democratização, porque as pessoas que fizeram ou fazem parte da atual diretoria não conhecem o produto futebol.
“Essa situação eu já havia pregado em campanha no ano passado. Na ocasião, mesmo com uma conjuntura toda contra, tivemos 24,6% dos votos”. Tillemont ressaltou, ainda, que integra um grupo independente, formado por pessoas que conhecem futebol, incluindo membros de torcidas organizadas e ex-jogadores importantes do clube, como Douglas Franklin, ídolo do time na década de 70. “Me sinto feliz por ter apoio da torcida, principalmente por ter sido o primeiro a fundar uma organizada no Bahia”, acrescentou.
O candidato, assim como quase todos os concorrente, manifestou a vontade de ver implantada no Bahia, novas categorias de sócios. “Acho que devemos ter opções de pagamentos que vão de R$ 10 a R$ 40, porque somos um time do povo e precisamos trazer o torcedor de volta para a Fonte Nova”, analisou.
Com relação ao planejamento voltado para a Divisão de Base do clube, Tillemont apresentou propostas que se equivalem às defendidas pelos concorrentes. Ele também pretende criar condições de funcionamento para o Centro de Treinamento de Dias D’ Ávila, onde irá disponibilizar serviços que valorizem os jogadores desta categoria. “Esses atletas precisam de uma melhor condição de trabalho, para que passem a ter amor pelo clube. Além disso, temos que priorizar aqueles que têm qualidade e melhorar o trabalho dos olheiros”, disse, acrescentando que o Bahia joga muito dinheiro fora, fazendo captação errada.
Tillemont é bastante conhecido, no meio esportivo baiano, como empresário de jogadores de futebol. Quando questionado sobre essa atividade, considerando que muitos temem que ele coloque no Bahia, se eleito, atletas ligados à sua empresa, ele minimizou o problema. O candidato disse que não atua mais neste segmento, mas a maioria daqueles que estavam vinculados a ele foram da Divisão de Base, “jogadores que não temos certeza que vão virar profissionais e que recebem muita ajuda de custo do empresário”, argumentou.
Para solucionar o problema da dívida acumulada pelo time, Tillemont promete desenvolver um trabalho que vise a recuperação da imagem do Bahia. Na oportunidade, ele criticou os gestores que falam que o clube está falido, atitude que entende como uma forma de afastar investidores em potencial. Além disso, ele considera que um trabalho realizado de forma honesta é requisito imprescindível para resolver a crise financeira. “Se o presidente eleito não roubar tem jeito pra tudo”, avaliou.
