Postado por - Newton Duarte

Titi e Omar lutam por 3º Estadual pelo Bahia

Titi e reserva Omar lutam por 3º Estadual pelo Bahia

Os sorridentes Titi (E) e Omar se aproximam do terceiro título no Bahia - Adilton Venegeroles | Ag. A Tarde

Quando o Bahia do volante Bebeto Campos conquistou o Campeonato Baiano de 2001, nem o mais pessimista torcedor imaginava que o time, detentor de mais de 40 títulos estaduais, passaria 11 anos até erguer a taça outra vez.

Agora, nesta nova década, o Esquadrão do zagueiro Titi quebrou a escrita e, aos poucos, recupera seu prestígio no Estadual e está perto de obter seu 3º troféu em quatro anos.

Neste domingo, 25, às 16h, em Vitória da Conquista, o Bahia faz contra o time local o duelo de ida da final do Baianão. A volta ocorre daqui a uma semana, na Fonte Nova. Em caso de igualdade na soma dos jogos, o Tricolor leva o título pela melhor campanha ao longo do certame.

Caso conquiste o troféu, Titi será um símbolo da reconstrução do Tricolor também por uma questão particular. Remanescente solitário da formação de 2012, ele se tornará o único titular tricampeão pelo Bahia. O último a obter o feito foi Bebeto Campos, detentor das taças estaduais de 1998, 1999 e 2001.

No currículo do zagueiro, além dos títulos de 2012 e 2014, constam 254 jogos pelo Bahia, além do status de capitão do time. Ansioso como ele está Omar, dono da condição de atleta mais antigo do elenco. Cria da base, o goleiro chegou ao profissional em março de 2010.

Omar viveu altos e baixos no clube, ora por contusões, ora pela concorrência com Marcelo Lomba. Por isso, passou a maior parte da carreira na reserva, incluindo os títulos estaduais. Neste momento, devido a falhas recentes de seus concorrentes, Jean e Douglas Pires, vive a expectativa de adiquirir a titularidade.

Ídolos

Titi, por sua vez, é titular absoluto, assim como Bebeto Campos por todo o tempo em que defendeu o Tricolor. A carreira dos dois é semelhante. Ambos fazem aniversário em março e chegaram ao Bahia quando estavam perto de completar 23 anos. O zagueiro, em janeiro de 2011. O ex-volante, em março de 1998.

"Quando fui contratado, havia uma forte pressão pelo título, pois o Bahia havia perdido os últimos três estaduais (poderia empatar com o quadriênio 1963-66 como o maior jejum tricolor). E eu ainda havia jogado no Vitória de 1994 a 1997. Porém, fui muito bem recebido pela torcida e me tornei campeão três meses depois. Foram cinco anos maravilhosos no Bahia (jogou até o começo de 2003)", lembrou Bebeto, que encerrou a carreira no fim de 2004, após um exame detectar uma arritmia cardíaca quando defendia o Paysandu.

Por outro lado, este baiano de Almadina tem algumas diferenças para Titi, que é gaúcho, de Pelotas. O zagueiro fracassou na primeira tentativa de conquistar a taça, ajudando a aumentar o jejum. Em compensação, redimiu-se como capitão de 2012 (ano passado, o capitão foi Marcelo Lomba). Fato que pode repetir agora, no que seria o 46º título estadual da história do Tricolor.

"Cada vez que eu vesti a camisa do Bahia foi especial. E ter três títulos por este clube será grandioso. Levantar taças é o que a torcida quer e o que colocará nosso nome na história do Tricolor", disse Titi.

Já Bebeto Campos sempre foi capitaneado. Por Uéslei, em 1998 e 1999, e Jéferson, em 2001. Atualmente, mora em Vila de Abrantes, região metropolitana de Salvador e possui uma escolinha de futebol em Itapuã. Hoje, confessa a torcida por Titi na grande final.

"Não o conheço pessoalmente, mas sei que é um grande jogador e que tem quase cinco anos dedicados ao Bahia. Ele merece este título. Vou ver o jogo pela TV, na torcida pelo Bahia", garantiu.