Postado por - Newton Duarte

Valton responde a blog: Preferimos ser 'amadores' assim a 'profissionais'

Resposta de Valton Pessoa ao post “Os bastidores de uma diretoria amadora”

Acompanho o processo de democratização do Bahia desde o início, em 2011, quando Jorge Maia ingressou com uma ação pedindo a intervenção judicial ao clube pela primeira vez. Mais do que isso…acompanho o Bahia desde que tenho 3 anos de idade e vi (e vivi) muita coisa no clube.

Apaixonada por futebol, torci pela democratização, independente de quem fosse assumir a presidência. Sou tão fascinada por esse tipo de mudança, que escolhi o tema para o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da graduação de Jornalismo.

Após o meu último post, sobre a demissão de Marquinhos Santos, o vice-presidente Valton Pessoa pediu ao departamento de comunicação do Bahia que me procurasse e me enviou uma resposta ao meu texto opinativo. Defendo e sempre defenderei a democracia, não apenas no Bahia, mas em qualquer âmbito. E no blog não é diferente. Portanto, cedi o espaço, como tem que ser.

Valton, mantenho minhas críticas por discordar da forma como tudo foi feito, mas aproveito para esclarecer (caso não tenha ficado claro) que nenhuma crítica postada foi direcionada a nenhum diretor do clube como pessoa. Todos temos um convívio muito bom e reconheço o esforço diário que fazem, mas não posso deixar de criticar quando acho necessário. No mais, desejo sinceramente muita sorte e sucesso no restante da gestão e me coloco à disposição sempre que quiserem um direito de resposta.

Agradeço em nome de todos os torcedores que acompanham o blog pela atenção. Eles, mais do que qualquer jornalista, merecem esclarecimentos.

Leia a mensagem do vice-presidente Valton Pessoa na íntegra:

Olá Fernanda,

Não tenho nenhum problema em ouvir críticas e sei que, no futebol, elas são naturais quando o time não atravessa uma boa fase. Porém, acredito que o episódio da demissão de Marquinhos Santos não foi bem compreendido por você –e eu estaria disposto a prestar esclarecimentos caso tivesse a oportunidade de ser procurado para o contraditório.

Em um futebol brasileiro com cada vez com menos ética nas relações de trabalho, jornalísticas e de gestão, considero ter acontecido exatamente o contrário, dentro do princípio da transparência que sempre norteou esta administração.

Simplesmente fomos honestos com o técnico contratado pelo clube e, em vez de guardar um silêncio cínico e deixar para anunciar a despedida somente após o jogo seguinte, como tradicionalmente acontece, informamos a ele na Arena Corinthians que apenas ficaria no cargo se conseguisse um triunfo convincente contra o Internacional.

Na ocasião, vale dizer, Marquinhos se disse motivado para comandar esta partida em tais condições. Ou seja, não entrou já demitido em campo.

Além disso, em vez de fazer os contatos com os possíveis novos técnicos “por baixo dos panos”, como também comumente ocorre, novamente fomos leais e jogamos aberto com o treinador.

Preferimos ser “amadores” assim a “profissionais” como os do passado”.


Fonte: Fernanda Varela – Futebol em Pauta/Correio

Foto: Arquivo Correio