Dirigente minimiza negociações com empresário: 'Não vejo nada demais'
Dos 8 jogadores contratados pelo Bahia até agora, 6 trabalham com o empresário Eduardo Uram. Vice-presidente diz que reforços foram aprovados pelo treinador
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Eduardo Uram trabalha com seis dos oito novos reforços do Bahia |
O primeiro começo de temporada da nova gestão do Bahia também tem questionamentos. Dos oito reforços anunciados pelo clube, seis pertencem ao mesmo empresário: Eduardo Uram. Com isso, o agente, que já tinha o goleiro Marcelo Lomba, passou a contar com Branquinho, Diego Felipe, Rhayner, Jonathan Reis, Anderson Conceição e Hugo no elenco tricolor.
O alto número de atletas do empresário no Tricolor se tornou alvo de questionamentos para a nova direção, que foi eleita com a promessa de evitar que esse tipo de situação ocorresse. Ciente da desconfiança gerada pelos números, o vice-presidente do Bahia, Valton Pessoa, minimizou a situação. Para ele, o mais importante é que o clube não seja lesado nos contratos, independente de quem seja o empresário do jogador contratado.
- Não veja nada demais. Posso ter 20 jogadores de um mesmo empresário aqui, desde que não tragam prejuízos ao clube. Todos os jogadores que pertencem ao Uram chegam com contrato de um ano. Além disso, com exceção de Rhayner, todos chegam com salários baixos, de no máximo de R$ 40 mil, com um ano de contrato e taxa de vitrine. O contrato é do Bahia com o atleta e com benefícios para o clube. Não tem nenhum problema em relação a isso. O Uram tem dez jogadores no São Paulo, seis no Flamengo, cinco no Fluminense, quatro ou cinco no Vitória. Ele tem 70% do mercado hoje – afirmou Valton, nesta terça-feira.
No entanto, o dirigente também ressaltou que nem todos os seis jogadores ligados ao empresário são exclusivos de Uram. Segundo o vice-presidente, alguns dos novos atletas têm apenas percentuais de seus direitos econômicos ligados ao agente. Valton Pessoa ainda destacou que todos os reforços foram aprovados pelo técnico Marquinhos Santos.
SAIBA MAIS
Tabela completa União Tricolor Bahia Copa São Paulo Jr
- Ele tem percentual, digo direitos econômicos de alguns, mas não é empresário de todos. Coincidiu, por exemplo, com o [Rafael] Galhardo, que foi um jogador que tratamos com o Santos e com o pai dele, e que era do Uram. O mais importante é que torcida saiba que esses negócios que estão sendo feitos são negócios sérios, transparentes e honestos para o clube. O Bahia não teve prejuízo nenhum. O que interessa é que, se temos carência em um posição e o empresário oferecer, se o jogador for aprovado pelo treinador, negociamos. Todos que chegaram foram aprovados pelo treinador. A exceção é Jonathan Reis, que ele [técnico Marquinhos Santos] não conhecia e foi uma aposta da diretoria. Todos os demais foram aprovados, assim como tiveram outros dez que ele [treinador] não aprovou – concluiu.
Fonte: Eric Luis Carvalho – GE.COM
Foto: Richard Fausto
