O meia Zé Rafael provavelmente colocou uma pulga atrás da orelha do técnico Guto Ferreira após a boa atuação no triunfo sobre o Fluminense de Feira, resultado que assegurou o Bahia na final do Campeonato Baiano. Posto na condição de reserva depois que Edigar Junio se recuperou de lesão, o jogador foi testado como meia central no esquema 4-2-3-1, mas foi atuando como extremo na linha do meio-campo que ele voltou a render como no início da temporada e criou as principais chances da equipe, inclusive a jogada que originou o gol marcado por Hernane, o único da vitória do último sábado.
Dos quatro homens de frente do esquema que o treinador tricolor não abre mão, três estão garantidos: Régis (meia central), Edigar (extremo) e Hernane (centroavante). Falta o outro extremo, e Guto mostrou que o argentino era o preferido no momento em que mandou Zé para o banco de reservas desde o primeiro Ba-Vi do ano, vencido pelo Vitória.
Zé Rafael continuou entrando na equipe com frequência, porém pelo lado do campo, até que surgiu a necessidade de alguém para substituir Régis no rodízio do time (posição que ficou desfalcada com a saída de Renato Cajá), e foi ele o escolhido. Sua posição de origem é essa, um meia central.
Confira na imagem abaixo a maneira como o Bahia entrou em campo para enfrentar o Atlântico, no triunfo por 3 a 0, pelo Campeonato Baiano.
A disposição da equipe que Guto mandou a campo no último fim de semana, porém, sugere que há uma dúvida aí. Zé atuou pelo lado esquerdo, enquanto Allione jogou centralizado. Régis estava suspenso.
Os dois postulantes à vaga na equipe titular têm semelhanças. Ambos rendem pelas extremidades, mas sabem jogar por dentro, abrindo espaços para os laterais, ou mesmo possibilitando uma troca de posição com Régis. Há diferenças também. Enquanto Zé Rafael é mais incisivo e gosta de procurar o drible, além de finalizar de média distância, Allione ocupa espaços de maneira inteligente e está sempre tentando municiar os companheiros de ataque.
Outra diferença: o lado do campo da predileção de cada um. Zé Rafel atua pela esquerda, Allione pela direita. Nesse caso, o estilo de jogo do Bahia não é afetado, pois Edigar Junio tem facilidade para jogar em ambas as pontas.
Assim como quebrou a tendência no primeiro clássico ao escalar Edigar Junio, Guto Ferreira tem essa carta na manga para o segundo Ba-Vi do ano, que está marcado para esta quinta-feira, às 20h30, no Barradão, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Nordeste.
Fonte: Globo Esporte