Cauteloso, William não fala de nomes para 2014 e explica demora nas contratações
Em entrevista, o diretor de futebol do Bahia disse que o "mercado tá parado", mas garantiu que trabalho está sendo feito
William Machado, o Capita, foi apresentado há uma semana no Fazendão. Até o momento, muitas especulações e nenhuma contratação anunciada pelo clube. Em entrevista ao Correio*, o diretor de futebol fala sobre as dificuldades de trazer jogadores e promete acalmar o torcedor com bons reforços até o Réveillon. Confira:
Como foram os primeiros dias de trabalho?
Estão bastante corridos. Tanta coisa acontecendo, tanta coisa para resolver. O planejamento deveria ter começado em agosto. Quando você começa bem, já vai mapeando o mercado, olhando várias coisas. Em virtude de várias situações, isso não pôde ser feito aqui no Bahia. Por isso essa minha correria.
Está difícil contratar?
O mercado tá parado, pois os valores são muito altos. Todos estão tendo dificuldades, principalmente o Bahia, que vai bater muito na tecla do orçamento. A gente não pode fazer nada sem respeitar esse orçamento. Estamos jogando duro, mas de uma forma sincera. É justamente dentro do que os próprios atletas bateram no Bom Senso, do fair play financeiro. Os clubes estão começando a atentar para isso, vendo que não podem gastar muito. Aí, as negociações travam. Mas a gente tem confiança de que, dentro do orçamento para 2014, vamos conseguir jogadores qualificados.
O torcedor do Bahia terá presente de Natal?
Nunca fui muito de prometer, pois você cria uma expectativa e isso é ruim, frustra. A gente tá trabalhando. O que eu posso prometer é isso. A diretoria está diariamente conversando, correndo atrás e fazendo contas, principalmente. A ideia é que a gente possa estar anunciando alguma coisa até o final do ano. Até o Natal eu acho complicado... Pode acontecer alguma coisa, mas eu não vou cravar que terá um presente de Natal. Acredito em presente de fim de ano, um pouco tardio. Jogadores que, mesmo que não tenham o nome que se espera, tenham dedicação, vontade e o desejo de jogar no Bahia.
Existe algum nome certo?
Vários nomes são falados. Diego Felipe foi comentado nos últimos dias. São nomes que a gente olha no mercado, mas que não tem nada certo. Não tem como eu falar que Diego, Maikon Leite são jogadores o Bahia se não estiver nada canetado. São bons jogadores, interessantes, mas a gente só fala quando tiver assinado um pré-contrato.
E a novela Feijão?
Quando se fala de interesse, que o clube quer, tem muita coisa por trás disso. Não envolve só querer. Todo mundo deve querer Cristiano Ronaldo e Messi, mas daí a conseguir concretizar, têm várias coisas que interferem no sucesso de aquisição ou de troca. O certo é que o Flamengo demonstrou interesse no atleta. Disso virar uma concretização, passa muita água debaixo da ponte. As diretorias estão conversando. A gente vai ver o que é bom para o atleta, mas principalmente para o Bahia. Se ele não for, estará feliz aqui, pois iniciou bem a sua carreira.
Já conversou com o Flamengo sobre Rafinha?
Como eu disse, ter o interesse é o primeiro passo. Depois disso é preciso dar outros passos. Esses outros passos ainda precisam ser dados e, por isso, não podemos falar que Rafinha está mais próximo do Bahia. O que tem é um jogador interessante e talentoso, apesar de ser jovem. Se vier, poderá nos ajudar.
Quais são as posições mais carentes desse elenco?
Não vou falar nem de posição, pois senão a posição fica mais cara. Se a gente falar que precisa de um zagueiro, qualquer zagueiro que a gente for procurar vai estar inflacionado. Temos algumas carências e conversamos isso internamente. Não falamos justamente para preservar o Bahia e não entrar em uma concorrência desleal no mercado.
Quem fica e quem sai desse grupo atual de jogadores?
O Bahia tem alguns atletas que não serão utilizados em 2014. Isso é normal e não quer dizer que o atleta não seja um grande jogador. Alguns clubes nos procuram querendo alguns atletas. Se a gente não acertar, vamos ficar com um número acima do que é o ideal para trabalhar. Nesse caso, uma das alternativas é ter um time B para poder estar fazendo alguns jogos também, mantendo todos em atividade. Aí esses atletas não ficariam parados. Mas acredito que a gente não tenha a necessidade de criar essa equipe B.
Quais são os nomes?
Temos algumas conversas, mas não existe lista definida, até porque não temos contratações fechadas. Quando você forma um grupo e fecha, aí sim você pode ver com quem não vai poder contar. Tem alguns que poderemos contar em um segundo momento.
Fonte: Miro Palma – IBahia
Foto: Robson Mendes/Correio
