Postado por - Newton Duarte

Yuri quer herdar vaga de Fahel no meio-campo

Sem vergonha de "bater", Yuri quer herdar vaga de Fahel no meio-campo

Com apenas 20 anos, volante da base aparece como um dos sucessores de Fahel, que deixou o Tricolor após quatro anos. Ele vai brigar por uma vaga com Feijão

Volante concedeu entrevista nesta terça-feira, no Fazendão (Foto: Divulgação/E.C. Bahia)

Para a temporada 2015, o Bahia já não conta com os volantes Rafael Miranda e Fahel - este último deixa o clube após quatro anos de serviços prestados ao Tricolor. Mas o posto no meio-campo não ficará vago, e um dos nomes cotados para assumir a vaga vem das divisões de base: Yuri, 20 anos, nascido no Rio de Janeiro, que concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira. Feijão também disputa o lugar no time.

A característica fundamental de um bom “cabeça de área”, aquele chamado primeiro volante que protege os zagueiros, é saber marcar. No popular, é preciso ter “pegada”. Se souber sair para o jogo, melhor ainda. Um dos xodós da torcida do Bahia, Feijão já demonstrou algumas vezes que se encaixa nesse perfil. O jovem Yuri, que foi integrado ao elenco profissional este ano, garante que pode fazer o mesmo. E, se tiver que bater, para ele não tem problema. Com sorriso largo, em tom de brincadeira, Yuri admite isso em sua primeira entrevista coletiva como jogador profissional do Bahia.

- [Entre sair jogando ou bater] Eu prefiro bater. Mas não sou aquele cara preso. Quando tem a oportunidade de sair para o jogo, eu saio. Mas a minha função mesmo é a marcação – diverte-se.

Yuri é filho de caminhoneiro. Para ganhar um “trocado”, ajudava o pai a fazer mudanças, por isso começou no futebol tarde, com 15 anos. Foi para o Olaria, onde ficou até os 18 anos. Lá, foi descoberto por Chiquinho de Assis, que o levou para o Bahia.

A chance de despontar com a camisa tricolor vem em um momento complicado. Rebaixado no último Campeonato Brasileiro, o Bahia vai disputar a Série B em 2015. Antes, Yuri terá a oportunidade de mostrar serviço no Campeonato Baiano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Sobre a concorrência com Feijão, ele encara com naturalidade, mas acredita que o companheiro leva vantagem por ter uma maior rodagem.

- Em relação ao Feijão, não tenho essa disputa com ele. A gente está aqui para ajudar o Bahia. É questão de oportunidade mesmo. Tendo oportunidade, vou abraçar. Se ele tiver essa oportunidade, ele sai na frente, é mais rodado, já conhece o time, a torcida. Eu estou chegando agora no profissional do Bahia – diz.

Yuri também falou sobre a ausência de jogadores experientes no meio-campo do Bahia. Para volante, o elenco conta, além dele e de Feijão, com Lenine, Bruno Paulista, Jeferson Silva e Marcone – este último, que tem contrato com o clube, reapresentou-se após passagem pelo Náutico.

- Isso é bom, porque temos oportunidade de jogar. É ruim por sermos novos. Tendo os medalhões, ganhamos em experiência. Mas tem Lenine, tem o Jeferson, o próprio Marcone, que é da base. Quem tiver oportunidade de jogar vai aproveitar da melhor maneira possível – garante.