Zé Roberto fala sobre os dois gols marcados no triunfo sobre o Avaí, na estreia da Série B: "Tenho que provar para mim mesmo que posso dar mais", afirma Zé
No dia em que o elenco do Bahia se reapresentou no Fazendão, na tarde desta segunda-feira, um jogador tinha motivos de sobra para estar de bem com a vida. Zé Roberto, com dois gols, foi o principal responsável pelo triunfo por 2 a 1 sobre o Avaí, na estreia da equipe na Série B.
O segundo de Zé foi um gol daqueles: ele se posicionou entre os defensores do Tigre, aproveitou cruzamento do lateral Tinga e mandou de letra para o fundo das redes. O lance, de uma beleza plástica, não foi ensaiado (assista ao vídeo abaixo). Foi um “recurso” utilizado ali na hora, como explica o atacante em entrevista coletiva.
Ali [o toque de letra] acontece na hora do jogo. A gente vê o que pode fazer na hora. É recurso mesmo, porque não é sempre que aparece uma chance de gol. A gente vê que acontece várias vezes na televisão, mas é recurso. Na hora, o único jeito de fazer o gol era de letra. Não dava para girar, porque o zagueiro estava do lado. Única coisa que dava para fazer era esperar a bola passar por baixo das minhas pernas e tocar de letra – conta Zé.
https://www.youtube.com/watch?v=VONN451uiQA
Se o gol não estava nos planos do atacante, o mesmo não se pode dizer da sua atuação. Zé Roberto conta que, na véspera do jogo, antes de dormir, ele já pensava em fazer um grande jogo – além dos dois gols, ele teve um bom desempenho e, por pouco, não marca outro de bicicleta.
A gente, quando vai dormir antes do jogo, sempre espera fazer um bom jogo no dia seguinte. Eu esperava fazer um bom jogo, estava confiante, a comissão me passou confiança, e eu pude retribuir. Melhor para o nosso time, que começa bem a Série B – afirma.
O futebol percorre caminhos absolutamente surpreendentes. Logo Zé Roberto, tão criticado pela torcida do Bahia, ele que alguns dias antes provocou a ira de tantos ao perder dois gols contra o América-MG, pela Copa do Brasil, saiu de campo como herói.
Sobre os gols perdidos no empate sem gols diante do Coelho, inclusive, ele foi categórico: “Não me escondo do jogo”.
Não me escondo do jogo. Nunca fui de me esconder. Se eu perco gol, é porque eu apareço para concluir. Se eu perco bola, é porque tento ir para a cima. Não me acomodo com empate ou com nosso time perdendo. Não sei se é defeito, mas eu não me acomodo. Talvez, naquele jogo contra o América, se eu me escondesse, eu não teria perdido, e as críticas não cairiam sobre mim. Mas o que adianta, se a gente precisava ganhar o jogo? Vou continuar perdendo gol, mas vou continuar aparecendo para fazer os gols – diz.
É a confiança transbordante de alguém que já tornou pública sua “chatice”. As críticas, Zé admite, também são “chatas”, mas ele vai passando por cima, tentando tirar de letra, assim como fez em campo.
Mais do que ter provar [algo] para os torcedores, tenho que provar para mim mesmo que posso dar mais, que tenho mais a evoluir. Era meu sonho desde criança ser jogador de futebol, então não tem por que me abalar com críticas. Às vezes é chato, às vezes incomoda um pouco, mas faz a gente crescer. Se o Bahia não fosse tão grande, talvez meu futebol não evoluísse tanto. Agora é daí para mais, fazer mais gols para ajudar o Bahia – afirma Zé Roberto.
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Fonte: Ge.com