Bahia contrata dez novas peças para a temporada 2017. Diretor de futebol diz que clube analisa desempenho dos reforços e para um pouco para balanço no mercado
A contratação de Maikon Leite, anunciado na última quinta-feira, coloca o Bahia em um novo patamar no mercado da bola. Na tarde desta sexta-feira, durante a apresentação do novo atacante tricolor, o diretor de futebol, Diego Cerri, revelou que o clube fará uma pausa na busca por novos reforços. A ideia é não fechar as portas para grandes oportunidades, mas analisar os 10 jogadores contratados em 2017 e fazer novas aquisições apenas em caso de necessidade.
- A gente estava em busca de mais um atleta com essa característica de velocidade. Nós estávamos sentindo falta de uma peça com essa característica. A gente tem alguns. Um deles se lesionou, infelizmente, que é o Edigar Junio. Com a contratação do Maikon Leite, a gente, agora, para um pouco para balanço. Vamos priorizar colocar em campo esses jogadores que vieram para a temporada, ver como fica essa mistura com os jogadores que já estavam aqui. Já tem aparecido resultado, mesmo a gente utilizando equipes diferentes, mesclando jogadores. Independentemente de que campeonato seja, a ideia do clube é exatamente otimizar um pouquinho esses jogadores que estão aqui e ver quais jogadores vão se adaptar ao estilo de jogo do Bahia, ao estilo de trabalho do Guto, ao clube. E, a partir de daí, se houver necessidade, nós vamos pensar em contratação mais para frente. Isso não significa que nós estejamos fechados ao mercado. Vamos continuar observando, mapeando, mas não é nossa prioridade nesse momento. Nossa prioridade agora é que as peças tenham oportunidade de jogar – disse Diego Cerri.
Até o momento, o Bahia contratou os laterais Armero, Matheus Reis e Wellington Silva, os volantes Edson e Matheus Sales, os meias Allione, Diego Rosa e Zé Rafael, e os atacantes Gustavo e Maikon Leite. Em entrevistas concedidas no início do ano, dirigentes tricolores pontuaram a busca por um goleiro para concorrer pela titularidade com Jean. Até o momento, nenhum jogador foi contratado para a posição.
- Em relação a goleiro, é uma possibilidade. A gente está olhando. O nosso terceiro goleiro [Deijair] hoje ainda não tem a experiência que a gente necessita para assumir uma posição de titular, se for o caso. Pode jogar uma partida eventualmente. Pela pouca experiência, pela pouca idade, ainda está um pouco cru para isso. Tem potencial para, lá na frente, até ser um goleiro titular. Por isso, nesse momento, a gente está trabalhando em cima de uma possível vinda de um goleiro, aos poucos, sem pressa, buscando um perfil que a gente acha interessante trazer - comentou o diretor de futebol tricolor.
Jogadores de fora do país
Equipes como Palmeiras, Flamengo e Vitória, rivais do Bahia na Série A, buscaram reforços no mercado internacional. O Verdão contratou recentemente contratou o colombiano Borja e o venezuelano Guerra. O clube carioca acertou com o colombiano Berrío. O Rubro-Negro baiano, por sua vez, se reforçou com os argentinos Dátolo e Pisculichi, além do chileno Pineda.
O Bahia também conta com dois gringos, o colombiano Armero e o argentino Allione. Diego Cerri falou sobre a possibilidade de investir no mercado internacional para reforçar o elenco no futuro.
- Hoje em dia, todo clube brasileiro tem que estar atento ao mercado sul-americano. Tem jogadores de qualidade. Agora, são jogadores que, quando você não conhece, na minha opinião, você tem que, realmente, investigar toda a vida do atleta, ir até o local, assistir a alguns jogos. [Usar] O Scout [ferramenta que reúne dados e números sobre o jogador], que é uma ferramenta que a gente tem, e puxar todos os dados e se resguardar para não trazer um jogador mediado, que você teria no mercado nacional. Mas tem, sim, jogadores de nível. É obrigação dos clubes ficar atentos a esse mercado. Nós trouxemos o Armero, que estava jogando na Itália e nós estávamos acompanhando. Assistimos a partidas do Armero, acho que ele tem correspondido. Apesar de não estar jogando muito como titular na equipe dele [Udinese], é uma atleta que tinha força e velocidade preservadas e, quando entrou nos jogos, foi bem. Pelo histórico dele, bagagem de seleção, Copa do Mundo, a gente achou interessante trazê-lo, uma oportunidade de negócio. O Allione, que estava no Palmeiras, a gente vem seguindo há muito tempo. Estava no Brasil e era mais fácil acompanhar. Óbvio que a gente acompanhou ele fora também. Não descartamos trazer um atleta que esteja no exterior. Pelo contrário. Estamos revirando e buscando sempre todas as oportunidades, montando o nosso banco de dados, independentemente de onde é o jogador. Se couber aqui no Bahia, a gente vai trazer.
Fonte: Ge.com